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Mãe de Eloá foi barrada pela PM durante negociações

Ana Cristina queria entrar no apartamento para tentar salvar a filha, mas foi impedida pela polícia

Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
26/10/2008 | 07:00
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A mãe de Eloá Cristina Pimentel, Ana Cristina Pimentel da Silva, 42 anos, afirmou ontem que desejava entrar no apartamento para salvar sua filha durante o cárcere privado que durou mais de quatro dias, mas foi impedida pela polícia.

"Eu não aguentava mais de sofrimento e me ofereci, no segundo dia, para entrar lá. Mas a polícia não deixou e não deu explicação", afirmou Ana Cristina.

A mãe de Eloá concedeu entrevista ontem no escritório do advogado que representa a família Ademar Gomes, localizado na Zona Oeste da Capital.

"Depois que eu conversei com o Lindemberg (Fernandes Alves, 22 anos), no segundo dia, tive certeza de que minha filha não sairia viva. Ele a tratava como uma boneca, era propriedade dele. Lindemberg me disse que, se Eloá não fosse dele, não seria de mais ninguém", contou Ana Cristina.

Ela demonstrava estar muito abalada psicológica e fisicamente. No final da entrevista, Ana Cristina teve de ser levada a um hospital para ser medicada. Na sexta-feira, ela recebeu cuidados de um psiquiatra, que receitou diversos medicamentos.

"Estou conseguindo viver somente à base de remédios, antidepressivos. Para mim, ainda não caiu direito a ficha de tudo o que aconteceu", disse.

A mãe de Eloá não pode voltar ao apartamento no Jardim Santo André, pois o imóvel está lacrado pela polícia até a reconstituição do crime, que ainda não tem data para ocorrer. Ana Cristina mora provisoriamente na residência de uma amiga da igreja evangélica Congregação Cristã, no Jardim Irene.

Sobre se perdoa ou não Lindemberg, Ana Cristina preferiu responder "não guardo mágoa dele, mas a Justiça precisa ser feita. Não gostaria de encontrar com ele", afirmou.

A respeito de seu marido Everaldo Pereira dos Santos, foragido da Justiça, Ana Cristina afirmou que não tinha palavras para dizer o quanto sentia a falta dele.

"Nós éramos muito unidos. Ele cuidava de todos da família com muito carinho. De repente, tudo desabou. Não tive mais contato com ele", contou.




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