As negociações para o livre comércio no setor automotivo entre Brasil e Argentina a partir de 2009 não devem avançar neste ano, segundo o presidente do Sindipeças, Paulo Butori. Isso porque o país vizinho vem passando por dificuldades que o obrigam a buscar o adiamento do projeto.
“Houve reunião há 20 dias atrás. A Argentina tem problemas com mão-de-obra, inclusive temos colaborado nas negociações sindicais de lá, a inflação oficial é de 12%, mas a real está em torno de 30% e há riscos de apagão elétrico. Tudo isso inibe investimentos e deixa o governo local com o pé atrás”, disse Butori.
Segundo o empresário, por essas razões os argentinos querem adiar o livre comércio automotivo, que já era previsto para ter início no ano que vem, motivos que ele próprio compreende como razoáveis.
Para a Argentina, o ideal seria manter o atual regime, batizado de Flex, um sistema de compensação em que o país que comprar o equivalente a um dólar tem o direito de exportar o equivalente a US$ 1,95. No entanto, eles tentam aumentar esse valor compensatório.
“Eles querem US$ 2,95. Nós aceitamos dar algo, mas não tanto assim. Estamos conversando”.
MANUTENÇÃO
Paralelamente às discussões econômicas, entidades ligadas ao setor automotivo, tanto da indústria como do comércio e serviços, preparam para maio uma campanha para conscientizar donos de automóveis e caminhões a fazerem manutenções preventivas.
Batizada de Carro 100%, a campanha prevê investimento de R$ 3,2 milhões durante o ano com anúncios em rádios, jornais e revistas.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.