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Importação de produtos químicos cresce 34% no primeiro trimestre
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/04/2008 | 07:02
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As importações brasileiras de produtos químicos dispararam no primeiro trimestre. Totalizaram mais de US$ 6,7 bilhões, 34% acima do registrado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).


Dentre os itens químicos que tiveram expansão mais expressiva nas compras de outros países, aparecem intermediários para fertilizantes (alta de 59,1%), defensivos agrícolas (48,5%) e resinas termoplásticas (43%).

No caso dos dois primeiros, há o reflexo da produção agrícola aquecida, da variação cambial (neste ano, o valor do dólar caiu 6% frente ao real) e de elevações de preços internacionais, segundo o gerente de comércio exterior da Abiquim, Renato Endres.

“Os defensivos agrícolas tiveram crescimento de quase 80% no preço internacional”, afimou Endres. Ele acrescenta que a produção nacional de parte desses itens não dá conta de abastecer à demanda interna.

PLÁSTICO


No caso das resinas termoplásticas, fabricantes de embalagens e peças de plástico afirmam que, além da questão cambial, essas matéria-primas do setor no Brasil são mais caros do que em outros países.


Uma das resinas, o PP (polipropileno, utilizado para produção de autopeças) estava cotada no mercado nacional em março na média a US$ 2.603 a tonelada, enquanto nos EUA estava em US$ 1.500, na Argentina custava US$ 1.967 e, na Ásia, US$ 1.523, segundo a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico).


Além disso, de acordo com a Abiplast, o PP – que é fabricado no Pólo Petroquímico do Grande ABC pela Nova Petroquímica, tem subido mais internamente no País do que lá fora: de janeiro a março foi reajustado em 6,8%, Já na Argentina subiu 1,3% e nos EUA teve retração de 0,8%.


Com isso, tem se tornado mais atrativo importar, avalia o empresário José Jaime Salgueiro, da Resiplastic, de Mauá, que importa 50% do volume de matéria-prima da fábrica. “Importar chega a custar 15% menos, já descontando frete e impostos”, disse.


Por sua vez, os fabricantes da matéria-prima se defendem, afirmando que há custos para a aquisição do item importado, e ainda é preciso levar em conta a estrutura de custos das empresas. “O patamar de preços está estável, levando em conta a leitura do dólar”, disse o presidente do Siresp (Sindicato das Indústrias de Resinas do Estado de São Paulo), Vítor Mallmann.




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