Economia Titulo Contra crise
Londres emperra proposta
de mudança de tratado da UE

Reino Unido está fora do debate sobre novo tratado firmado
por 23 países para combater crise econômica na zona do euro

09/12/2011 | 04:40
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Os líderes da União Europeia abandonaram nesta sexta-feira uma tentativa de convencer Londres a mudar o tratado do bloco para combater a crise da dívida na zona do euro. "Posso confirmar que o Reino Unido está fora da discussão sobre a revisão do tratado", disse um diplomata horas depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, exigir contrapartidas de seus parceiros, os quais não estão preparados para concedê-las.

 

Um segundo diplomata confirmou que as negociações iriam agora adiante, em busca de um acordo inter-governamental projetado para os 17 países que compõem a zona do euro e outros visando a adesão à moeda única.

 

A falha em manter Londres no grupo pode gerar tensão, o que foi expresso por alguns líderes, uma vez que a União Europeia enfrenta rupturas e uma Europa com países em ritmos diferentes. Apesar disso, apoiadores procurem a aderência em assinaturas de 8 outras nações que estão legalmente empenhadas em aceitar o euro.

 

"A crise fechará nosso caixão, se optarmos por alienar a Europa aos 27 [países]," disse o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em uma reunião dos partidos europeus de direita durante a cúpula.

 

A Dinamarca é outro país que, ao lado do Reino Unido, se recua a aderir à moeda única, mas sua primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt havia dito anteriormente que Copenhagen estava "aberta à mudança no tratado", que é vista como parte da solução para a crise.

 

A Alemanha, potência da Europa, insiste para que haja a mudança no tratado, e a chanceler Angela Merkel acredita que para combater a crise deve-se incluir os 27 países, inclusive os 10 que não partilham da moeda única.

 

Entretanto, Cameron ameaçou vetar qualquer acordo, a menos que ele tenha garantias de que os "interesses vitais dos britânicos" estarão protegidos.

O premiê prometeu salvaguardar a cidade de Londres - que desempenha importante papel na economia do Reino Unido - da interferência de Bruxelas, enquanto a França e a Alemanha querem um imposto sobre as transações financeiras.

 

A alteração do tratado requer a aprovação unânime do bloco de 27 nações, e em um comunicado divulgado pelo jornal "The Times" esta semana, Cameron também afirmou que se os 17 países da zona do euro optarem pela criação de um tratado em separado, assim a Grã-Bretanha se certificará de que seus interesses estarão protegidos. As informações são da Dow Jones.




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