Enquanto o Estado promete às entidades que o projeto Vivaleite será restabelecido na segunda-feira, fornecedores de leite não garantem que o alimento volte às famílias nesse prazo.

 Segundo o Estado, o aumento do preço do leite no mercado foi a razão da paralisação. Em 2007, o Estado pagou R$ 0,99 por litro. Esse ano, no entanto, o preço é de R$ 1,41. O aumento obrigou a Secretaria de Agricultura a readequar o processo licitatório e não foi possível concluir antes do vencimento dos contratos anteriores, gerando a interrupção.

 A Colaso (Cooperativa de Laticínios de Sorocaba), por exemplo, é fornecedora do leite para duas cidades do Grande ABC e não se compromete a entregar o alimento na data divulgada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

 A empresa venceu a última licitação para a distribuição do leite em São Bernardo e Rio Grande da Serra, porém, de acordo com o supervisor de vendas da Colaso, José Antônio Alves, a convocação para assinar a documentação da prestação do serviço deveria ocorrer hoje, mas, foi adiada.

 “O que realmente acontece não nos foi passado. Mas, do jeito que está, não vamos conseguir entregar”, afirmou. Ele explica que somente com a documentação pronta hoje seria possível entregar o leite na segunda-feira.

 Empresas inabilitadas para participar da licitação e que, mesmo assim, venceram o processo, emperraram o Vivaleite, de acordo com o diretor da Codeagro (Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios) Fábio Rangel.