O vereador de Diadema Laércio Soares (PCdoB) cobrou ontem explicações do prefeito José de Filippi Júnior (PT), sobre a reunião da última quarta-feira que definiu o ex-prefeito Gilson Menezes (PSC) como candidato a vice na chapa encabeçada pelo deputado estadual Mário Reali (PT).
O comunista acredita que o nome do ex-prefeito não é a melhor opção. “Percebo que hoje é muito difícil convencer as pessoas, principalmente da Vila Nogueira, onde Gilson morava, que ele é uma boa alternativa para o Mário. Hoje a densidade eleitoral dele está estrangulada”, disse Laércio, que também tem a Vila Nogueira como base eleitoral.
Ele ainda defende um nome do PSB. Nesse caso, o favorito seria o ex-vereador Manoel José da Silva, o Adelson. “Acho que o partido é a melhor opção para compor com o PT. Dessa forma, o grupo poderá ficar coeso durante a campanha.”
Segundo o comunista, Filippi confirmou o encontro, realizado no gabinete do prefeito, mas negou que tivesse batido o martelo quanto ao nome de Gilson. “O que ele me disse é que colocou a opinião dele, mas que não houve nenhuma definição.”
A informação de que o nome de Gilson já está sacramentado foi revelada ao Diário por uma das pesssoas que acompanharam a reunião na Prefeitura. Além de Filippi e Reali, estiveram no encontro a portas fechadas o presidente municipal do PT, Antônio Fidélis, a bancada do partido na Câmara, além de secretários municipais.
Laércio disse que Filippi afirmou que o ponto final nessa novela envolvendo o vice para Mário – que já se arrasta há meses – se encerra na terça-feira. “A executiva do PT de Diadema se reunirá e deverá definir de uma vez por todas essa questão”, acredita o parlamentar, que pertence a base de sustentação de Filippi na Câmara.
Comtemplado - O parlamentar afirmou, porém, que se Gilson for anunciado de fato como o candidato a vice, não irá deixar de fazer campanha. “Evidentemente que vamos estar juntos. A única questão é que teremos mais dificuldade para fazer campanha e convencer o eleitor a votar na chapa, mesmo com o Gilson.”
Ainda assim, Laércio defende que, mesmo que o ex-prefeito não esteja na chapa majoritária, deve ser contemplado durante o processo eleitoral. “Não acho que devemos deixá-lo de fora da discussão. Acho que a melhor opção é não tê-lo como integrante da chapa, mas podemos aproveitar a experiência dele em nossa campanha. Gosto muito do Gilson como pessoa mas como político não acredito que seja uma boa alternativa politicamente.”
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