Com o crescimento do mercado imobiliário em todo o Brasil, os profissionais mais requisitados são pedreiros, serventes, mestres-de-obra, encanadores, pintores e operários. No Grande ABC a situação não é diferente e, além de mão-de-obra em geral, a região também tem necessidade de pessoas capacitadas para exercer essas funções.
É o que aponta o diagnóstico para o Programa Estadual de Qualificação Profissional, uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo.
Em um ano foram abertas 3.941 vagas com carteira assinada no segmento de construção civil, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Só no primeiro bimestre deste ano foram empregados 1.173.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário de São Bernardo e Diadema, Cladeonor Neves da Silva, confirma a necessidade de melhorar o conhecimento voltado para o setor.
“O que ocorre é que a demanda desse profissional só cresceu nos últimos anos e, antes disso, não se exigia capacitação. Agora, estamos empenhados em trabalhar para que esse trabalhador receba instrução”, explica.
Silva conta que para a região estão sendo desenvolvidos dois programas de capacitação nessa área: um em Diadema, em parceria com a Fundação Florestan Fernandes, e outro em São Bernardo, em conjunto com a secretaria estadual.
“O que ocorre é que quem tinha o mínimo de qualificação acabou conseguindo emprego em outras áreas. Quem entrou na construção civil agora está sem capacitação”, conta o dirigente.
Outra luta do sindicato é trabalhar na formalização desses profissionais, que, na maioria, trabalham sem registro em carteira.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.