O leitor que quiser escolher as mulheres a serem homenageadas na segunda edição do prêmio Mulheres em Destaque, promovido pelo Diário, tem até o dia 16 deste mês para votar. As eleitas em cada uma das 13 categorias receberão o prêmio no próximo dia 25, em uma cerimônia no Teatro Municipal de Santo André.
A idéia é destacar aquelas que nasceram, moram ou trabalham no Grande ABC, além de comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado ontem.
As categorias do prêmio são Beleza, Comunicação, Cultura, Decoração e Arquitetura, Direito, Educação, Empresarial, Esportes, Gastronomia, Moda, Pesquisa, Ciência e Tecnologia, Saúde e Terceiro Setor.
Para participar da votação é só acessar o site do Diário (www.dgabc.com.br) e preencher nome e e-mail na identificação. Os votos serão contados a partir de 17 de março e divulgados no Teatro Municipal. Cada vencedora receberá um troféu estilizado de flor, igual ao da primeira edição.
Conheça nesta página um pouco mais das três finalistas da categoria Pesquisa, Ciência e Tecnologia. São elas: Alessandra Dutra Coelho, professora associada do Instituto Mauá de Tecnologia, a pesquisadora Cássia Silveira de Assis, também do Instituto Mauá, e Maria Angela Zaccarelli Marino, médica e pesquisadora da Faculdade de Medicina ABC.
ALESSANDRA DUTRA COELHOAlessandra Dutra Coelho, 34 anos, se formou há pouco mais de dez anos em engenharia elétrica. Mudou-se de Minas Gerais para o Grande ABC em 1999 e, logo em seguida, começou a lecionar no Instituto Mauá de Tecnologia.
A engenheira diz que a indicação para o prêmio Mulheres em Destaque, promovido pelo Diário, além de tê-la deixado surpresa, representa em sua carreira uma barreira contra o preconceito.
“Isso não é apenas uma questão pessoal, mas também serve de exemplo para outras mulheres já que, neste setor, somos minoria em relação aos homens”, explica.
Para a profissional, outra questão de orgulho é o fato de ter seu trabalho reconhecido. “Isso que pode render muitos frutos, por ser caracterizado como algo importante para a região.”
Seu trabalho no Instituto é ligado ao setor de robótica. Segundo Alessandra, pesquisas com esse tema são de extrema importância. “Acredito que o futuro está aí, com os robôs executando tarefas”, acrescenta.
Atualmente, a engenheira trabalha no desenvolvimento de dois robôs humanóides – chamados assim porque são os mais próximos dos humanos –, que devem concorrer, ainda este ano, em um campeonato de futebol em Salvador, o chamado Robocup.
A pesquisadora ainda trabalha com outros tipos de robôs, que são expostos desde 2003 em campeonatos e já renderam prêmios ao Instituto Mauá.
MARIA ANGELA ZACCARELLI MARINO
Há mais de 30 anos trabalhando no Grande ABC, a médica da Faculdade de Medicina do ABC Maria Angela Zaccarelli Marino, 58 anos, nunca havia sido indicada a um prêmio na categoria de pesquisa.
Segundo Maria Angela, que ficou satisfeita em ter sido indicada pela primeira vez ao prêmio promovido pelo Diário, seu trabalho como médica e pesquisadora pela instituição tem como maior objetivo melhorar a qualidade de vida das pessoas da região.
“A indicação ao Mulheres em Destaque serve de incentivo para que outras pessoas também continuem ajudando a população”, diz.
Maria Angela realiza, há 20 anos, uma pesquisa sobre a incidência de tireoidite de Hashimoto.
“Esse estudo contribuiu muito, inclusive às crianças, porque essa doença prejudica o crescimento e o desempenho escolar.”
Outro estudo que a médica realiza é com cerca de dez mil crianças da rede estadual de ensino. O foco é detectar e tratar casos de obesidade infantil e de diabetes.
Ela diz que em grupos de cada 15 crianças já analisadas, três apresentaram índices alterados de glicose no sangue. A profissional também trabalha como neuroendocrinologista na Beneficência Portuguesa de São Paulo e no Instituto Neurológico de São Paulo.
CÁSSIA SILVEIRA DE ASSIS
A engenheira Cássia Silveira de Assis, 54 anos anos, do Instituto Mauá de Tecnologia, afirma ter ficado honrada em ser lembrada para a categoria de Pesquisa, Ciência e Tecnologia.
A pesquisadora diz que na instituição existem apenas três mulheres que participam das pesquisas. “É um universo muito pequeno e isso pode ser um incentivo para outras se interessarem pela área de engenharia.”
Cássia acredita que a formação é essencial para que este tipo de reconhecimento aconteça. “Sempre procurei me atualizar na área que atuo e isso reflete em conhecimento e na melhor apuração das pesquisas.”
A engenheira é graduada em engenharia civil pela Escola Politécnica, mestre em estruturas pelo Inpe, em São José dos Campos, pós-graduada em Estruturas pelo ITA, também em São José dos Campos, e doutora em geociência e meio ambiente pela Unesp de Rio Claro.
A profissional, que nasceu em São Paulo mas mudou-se para São Caetano ainda criança, realiza atualmente projetos e consultorias na área de resíduos urbanos.
Ela também representa o Instituto Mauá no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, onde integra o comitê de meio ambiente. Nas reuniões, a pesquisadora já fez palestras sobre as possibilidades de negócios para utilização de resíduos de construção. Ela manteve durante 10 anos uma construtora e uma empresa de projetos.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.