Quem precisar falar com a GCM (Guarda Civil Municipal) de Diadema não vai conseguir. Desde a mudança da sede, na semana passada, a corporação está instalada provisoriamente no subsolo da Fundação Florestan Fernandes. Até ontem à noite, os telefones ainda não tinham sido ligados.
A reportagem ligou para quatro números da Guarda durante dois dias para constatar a denúncia de guardas e as linhas só deram ocupado.
A secretária de Defesa Social, Regina Miki, assumiu o problema, mas disse que o 0800 da Central de Monitoramento da Defesa Social estava recebendo as ligações da população.
A reportagem do Diário ligou para o 0800-7705559 sem se identificar e o atendente informou que não dá para falar por telefone com a Guarda. Disse que “só é possível falar com a Guarda indo até a sede”. E que só poderia entrar em contato com a base se a ocorrência fosse “muito urgente” porque, segundo ele, a comunicação com a GCM “é difícil”.
O contato é feito, segundo ele, vem sendo feito por meio dos celulares pessoais dos guardas, que não podem ser passados aos munícipes. Eles repassam também as informações à Guarda por rádios.
ESTRUTURAGuardas ouvidos pelo Diário, que preferem não ter a identidade revelada por medo de represálias, reclamam da falta de estrutura da sede provisória.
Eles dizem que desde que se mudaram, não foi ligado o sistema de alarme existente nos prédios públicos da cidade, Para funcionar, é preciso que as linhas de telefone estejam funcionando. Segundo eles, caso um alarme soe, o sinal não toca na GCM.
A antiga sede ficava no terreno onde será construído o Shopping Praça da Moça.
As obras começaram no dia 29 de janeiro, quando a Guarda teve de sair. A nova sede começou a ser construída no Parque dos Jesuítas e deverá ser entregue em cinco meses, segundo a Prefeitura.
“Ninguém deu satisfação para nós. É algo incompreensível. Não pensaram na Guarda nem na população”, afirma um guarda.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.