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Farc confirmam que menino em poder do governo é Emmanuel
Da AFP
05/01/2008 | 09:41
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A guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) confirmou na sexta-feira que a criança sob custódia do Estado colombiano é de fato Emmanuel, filho da política Clara Rojas, fruto da relação entre a refém e um guerrilheiro.

Segundo comunicado divulgado pela Agência Bolivariana de Imprensa, as Farc afirmam que Emmanuel "não poderia permanecer em meio às operações bélicas do Plano Patriota (ofensiva do exército), dos bombardeios e dos combates, com a movimentação constante e as contingências da selva".

"Por isso este menino, de pai guerrilheiro, foi deixado em Bogotá sob os cuidados de pessoas honradas, enquanto era negociado o acordo humanitário", explica o comunicado, com data de 2 de janeiro e assinado pela direção das Farc.

O grupo também acusa o presidente colombiano Alvaro Uribe de "seqüestrar (Emmanuel) em Bogotá com o infeliz propósito de sabotar sua entrega", de sua mãe e da ex-congressista Consuelo González ao presidente venezuelano Hugo Chávez. Segundo as Farc, porém, o processo de libertação de Rojas e González "seguirá seu curso, tal como o oferecemos ao governo da República Bolivariana da Venezuela".

Por último, o grupo rebelde reiterou sua exigência de que o governo desmilitarize dois municípios do sudoeste colombiano para negociar a troca humanitária de 40 seqüestrados por 500 guerrilheiros presos.

As Farc haviam anunciado a liberação dos três reféns como "desagravo" ao fato de Chávez ter sido afastado por Uribe no final de novembro do posto de mediador para a troca com a guerrilha.

A operação organizada pelo presidente venezuelano para receber os três reféns na Colômbia, sob a égide do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e de delegados de sete países, entre eles o Brasil, fracassou na última segunda-feira.

As Farc atribuem o não-cumprimento do acordo de libertação a operações militares do exército colombiano na região de selva onde os seqüestrados seriam entregues. Uribe negou a realização de operações desse tipo na área, e disse que a guerrilha mente, afirmando que a atitude das Farc se devia ao fato de Emmanuel não estar em seu poder.

O governo divulgou na sexta-feira o resultado de um exame de DNA feito com material genético do menor localizado em Bogotá e de parentes de Clara Rojas (no caso, sua mãe e seu irmão), que indicou uma compatibilidade absoluta entre as amostras coletadas.




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