No segundo dia de greve do campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os estudantes se reuniram ontem para escrever duas publicações: uma carta destinada aos professores e outro documento oficializando a paralisação. O conteúdo dos textos só será divulgado hoje. Às 14h, haverá reunião com professores para discutir a greve.
Aproximadamente 400 universitários de quatro cursos (Farmácia e Bioquímica, Engenharia Química, Química e Ciências Biológicas) paralisaram as aulas anteontem reivindicando melhorias na infra-estrutura.
Entre as principais reivindicações estão a criação de novos laboratórios didáticos (atualmente existem dois) e de pesquisa, além de um restaurante. A Unifesp já iniciou as obras de construção dos laboratórios no próprio campus, mas foram embargadas pela Curadoria das Fundações Estaduais de São Paulo.
Segundo a Unifesp, houve um entrave jurídico na forma como as obras eram gerenciadas pela FAP (Fundação de Apoio à Unifesp). No início do mês, conforme parecer da curadoria, a FAP não poderia tocar mais as construções.
O motivo específico do embargo não foi esclarecido pela universidade nem pelo MP (Ministério Público), que afirmou ontem não ter conhecimento do caso.
Os líderes grevistas dizem também não conhecer o motivo do entrave. A verba destinada não era orçamentária e veio de um convênio com o Sesu (Secretaria de Educação Superior) do MEC (Ministério da Educação).
A paralisação das obras teve início no dia 8. Está prevista a construção de 30 a 35 laboratórios de pesquisa. Segundo a Unifesp, a procuradoria da universidade irá se reunir na semana que vem com a curadoria para tentar resolver o impasse.
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