O norte-americano Michael Johnson enalteceu o novo ‘Super-Homem', depois de assistir no Estádio Olímpico 'Ninho do Pássaro' o jamaicano Usain Bolt pulverizar, na final dos 200 metros dos Jogos Olímpicos de Pequim, o recorde mundial que era dele há 12 anos.
Bolt, que completa nesta quinta-feira 22 anos, correu em 19s30 segundos a prova disputada na quarta-feira, tornando-se o primeiro atleta da história a estabelecer os recordes mundiais dos 100 e 200 metros na mesma Olimpíada.
"Este cara é o Super-Homem II", disse Johnson à BBC, que até esta data detinha o título de homem de ferro.
"Quando vi sua largada pensei 'uau'. Foi uma largada muito melhor que a que fez quando ganhou os 100 metros", acrescentou o atleta também conhecido como o ‘Expresso de Waco'.
"Esta é a corrida preferida de Bolt e ele queria esse recorde. Correu por ele (recorde), veio aqui com este objetivo. Sabia muito provavelmente que ganharia o ouro", declarou o atleta americano.
Johnson, antes da corrida, não acreditava que Bolt pudesse bater seu recorde de Atlanta-1996 na capital chinesa, mas disse que estava surpreso pelo enorme trabalho que tinha feito para conseguir os resultados estratosféricos.
"Meu temor, e a razão pela qual não acreditava que conseguisse o recorde do mundo aqui, era que não tivesse trabalhado sua resistência, a capacidade de manter a mesma velocidade durante toda a corrida", disse o norte-americano, que ainda conserva o recorde dos 400m rasos.
"Não vejo nenhuma razão para que ele (Bolt) não corra os 400 metros, mas não estou seguro de que possa bater o recorde mundial", assinalou.
"Em minha opinião, (Bolt) se concentrará nos 100 metros, já que pode correr um pouco abaixo dos 9s69 segundos. Pode se sair melhor e baixar para os nove segundos e sessenta e poucos centésimos", finalizou.
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