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S.Caetano tenta se reerguer em casa

Com novo treinador, time precisa vencer o Criciúma nesta sexta para apagar vexame da derrota para o CRB

Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
29/08/2008 | 07:20
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O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, apresentado ontem no São Caetano, vai comandar o Azulão hoje contra o Criciúma, às 20h30, no Anacleto Campanella, das tribunas. De lá, vai analisar o comportamento do time em campo e passar as instruções para Ivan Baitello, coordenador das categorias de base do clube. O treinador assinou contrato com o Azulão até o final do Paulista de 2009.

É a segunda vez na Série B do Brasileiro que Baitello dirige o time do banco de reservas. A primeira foi na derrota (2 a 1) para o Marília, após a queda de Pintado, substituído por Guilherme Macuglia.

O Azulão tenta se recuperar da goleada para o CRB (4 a 2) na última rodada e, na avaliação de Ivan Baitello, pouco pode ser feito com relação à postura do time em campo. "Até que o Vadão aplique a filosofia de trabalho dele tem de ser a doação de cada um. Para este jogo, temos de atuar com consciência, porque eles virão fechados para tentar o contra-ataque. Mas não podemos deixar de lado a postura ofensiva. Temos de criar as oportunidades e concluí-las."

Para esta partida, o Azulão não contará com sua dupla de artilheiros, Tuta e Caiuby. Ambos marcaram seis gols. Tuta recebeu o terceiro cartão amarelo na última rodada e está suspenso. Caiuby viajou para a Alemanha para exames médicos.

O jogador, cujo passe pertence ao empresário Wagner Ribeiro, foi negociado com o Wolfsburg. O tempo de contrato e o valor da transação não foram revelados. Caiuby começou a carreira na Ferroviária e, em 2007, foi para o São Paulo. Este ano jogou o Paulista pelo Guaratinguetá.

O zagueiro Tobi e o volante Daniel cumpriram suspensão e retornam ao time.

O Criciúma não contará com o zagueiro Luiz André e o meia Luciano Bebê, suspensos, mas tem garantida a volta do zagueiro Leonardo. A equipe vem de cinco derrotas seguidas e está na 17ª posição, com 22 pontos.

Prioridade é recuperar a ‘identidade perdida'

Falta identidade ao São Caetano. Foi a conclusão a que chegou o técnico Vadão após assistir algumas partidas do clube nas últimas semanas. O treinador estava sem clube desde meados de junho, ocasião em que deixou o Goiás.

"No passado, o time teve uma marca própria. Corria muito, marcava forte. Precisa criar uma nova identidade, para que nossos adversários nos respeitem", definiu o treinador.

Vadão disse ter assistido a alguns jogos do Azulão nos dois meses em que ficou parado. Ele descartou a necessidade, neste momento, de contratação de um substituto para Caiuby, que se transferiu para o futebol alemão. "Vou analisar melhor o grupo e, se for o caso, converso com a diretoria."

Vadão já trabalhou com Tuta (início da carreira, no Araçatuba), Hernani e Vandinho (Ponte Preta).

Apesar das oscilações do time na competição - ficou seis jogos sem vencer e depois manteve o mesmo período invicto até a queda de Guilherme Macuglia -, o técnico avalia que o São Caetano precisa achar seu ponto de equilíbrio para seguir em busca do acesso. "Ainda não atingiu os 50% de aproveitamento. Para subir é preciso chegar ao menos aos 55%. Acho que temos potencial para isso."

Vadão dirigiu o Vitória na volta do time baiano à elite do Brasileiro no ano passado. "Subimos com 51% de aproveitamento", contabilizou o treinador.

Vadão é o terceiro a assumir o comando do Azulão na Série B

Vadão é o terceiro técnico a comandar o São Caetano na Série B do Brasileiro. O primeiro foi Pintado, campeão do Mundo como jogador pelo São Paulo na década de 1990.

Pintado chegou ao clube com o Campeonato Paulista já em andamento, para substituir Amauri Knevitz. Estreou na 12ª rodada no empate sem gols contra o Guarani, em Campinas.

Amauri Knevitz dirigiu a equipe nas últimas rodadas da Série B de 2007, evitou o rebaixamento e foi mantido no cargo. Com a campanha irregular no Paulistão, foi demitido após a goleada para o Barueri por 6 a 1.

Coincidentemente, Pintado também deixou a equipe do Grande ABC justamente contra o Barueri, após derrota por 3 a 1 no Anacleto Campanella. No jogo anterior, o time havia perdido para o Corinthians (1 a 0) no Pacaembu, encerrando seqüência de cinco jogos sem derrotas.

Guilherme Macuglia não foi feliz em sua estréia e viu o time ser goleado em casa pelo ABC (Natal) por 4 a 0, no dia 15 de julho. Após o jogo, ameaçou deixar o cargo e fez um pacto com os jogadores, que durou somente até o novo tropeço em casa (4 a 2), na última rodada, desta vez para o CRB, lanterna com apenas 15 pontos ganhos. Foi a primeira vitória dos alagoanos fora de casa na competição.

Macuglia ficou dez jogos à frente do Azulão. Foram três vitórias, quatro empates e três derrotas. Antes do tropeço diante do CRB, o São Caetano vinha de seis jogos sem derrotas. Porém, não saiu da zona intermediária da tabela. É o 11º, com 28 pontos.




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