Automóveis Titulo Duas rodas
Uma questão de vida ou morte

Especialistas consideram capacete como cinto de segurança dos motociclistas; item reduz em até 30% as chances de morte

Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
20/02/2013 | 07:00
Compartilhar notícia


Zonas de deformação, cinto de segurança e air bags de todos os tipos (frontais, laterais, tipo cortina e de joelhos). O nível de segurança dos automóveis cresce vertiginosamente. E no caso das motocicletas? Bom, a evolução não é a mesma. Por isso, itens de segurança básicos e tradicionais como botas, luvas e jaquetas tornam-se primordiais. E no topo desta lista figura aquele que para alguns não passa de mero adorno na cabeça para combinar com a magrela: estamos falando do capacete.

"O capacete é para o motociclista o que o cinto de segurança é para o motorista", explica André Horta, analista técnico de segurança viária do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária). "Em qualquer tipo de colisão, este equipamento reduz em até 30% as chances de morte do condutor da moto", completa.

No Brasil - potencial mercado para o setor duas rodas no mundo - há diversos tipos de capacetes, com preços que partem de aproximadamente R$ 100 e podem ultrapassar facilmente a casa dos R$ 5.000.

"Todos os capacetes possuem o mesmo nível de proteção, quando certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)", garante Gianfranco Ugo Milani, gerente de vendas da Taurus, fabricante do equipamento de segurança.

O produto é classificado em quatro categorias: integrais (completamente fechados), ideiais para todos os tipos de motos; misto (com queixeira removível); modular (frente móvel), utilizado pelos condutores de magrelas custom; e aberto (sem queixeira), mais comum em motos abaixo de 100 cm³. "O recomendado, porém, é que sempre seja usado o integral, pois oferece mais segurança ao rosto do motociclista", sinaliza Horta.

Importante destacar também que o próprio Inmetro recomenda a não utilização do capacete tipo ‘coquinho', pois não atende às normas vigentes de segurança.

VOCÊ SABIA?

Capacete tem prazo de validade? A resposta é sim! Segundo Horta, o equipamento deve ser substituído, em média, a cada cinco anos. "No entanto, caso o produto tenha sofrido algum tipo de colisão, a substituição deve ser imediata." Desgaste acentuado dos componentes, como viseira ou forro interno, podem forçar a troca do capacete antes da validade

CAPACETE FALSIFICADO

No chamado mercado paralelo - e mesmo na internet - é possível encontrar capacetes não regulamentados pelo Inmetro. Por isso, antes de fechar a compra, veja no site do instituto as fabricantes certificadas. Outra forma de fazer uma compra segura ainda é olhar atentamente na parte interna do capacete, pois os produtos certificados têm dois selos internos, sendo um no forro e outro na cinta jugular.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;