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A redenção de Hulk

Depois da adaptação-bomba dirigida por Ang Lee em 2003, o monstro verde parece ter conquistado redenção

Por Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
13/06/2008 | 07:00
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Depois da adaptação-bomba dirigida por Ang Lee em 2003, o monstro verde criado por Stan Lee e Jack Kirby parece ter conquistado redenção em O Incrível Hulk, superprodução que estréia hoje em nove salas da região. Substituindo Lee, o francês Louis Leterrier (das ações Carga Explosiva e Cão de Briga) ignorou quase que totalmente o antecessor e criou um personagem tão rico visualmente quanto em conflitos. O cineasta chinês exagerou nas tormentas psicológicas e se esqueceu que Hulk, em essência, ‘resolve' a tudo na pancadaria.
Na nova adaptação, saem Eric Bana, Jennifer Connelly e Sam Elliott e entram Edward Norton, Liv Tyler e William Hurt como o trio principal.

Norton é Bruce Banner/Hulk. Liv, a namorada Betty Ross, filha de um de seus inimigos, o General Ross, papel que agora pertence a Hurt. O roteiro acrescenta o ambicioso Emil Blonsky (o ator inglês Tim Roth), que se transforma no vilão Abominável depois de se voluntariar a uma experiência com raios-gama ainda mais mal-sucedida que a do Gigante Esmeralda.

O orçamento, estimado em US$ 125 milhões, consolida o novíssimo Marvel Studios, inaugurado com a produção do elogiado Homem de Ferro.

Na nova trama, assinada por Zak Penn, o cientista ainda busca um antídoto para eliminar seu ‘alter ego'. Por conta da perseguição implacável que sofre do Exército, está há cinco anos longe de Betty, que por sua vez tocou o barco ao lado de Leonard (Ty Burrell).

O refúgio? Algum lugar na América do Sul (como indicou o fim da produção de 2003). Mais precisamente, uma fábrica de refrigerantes na Rocinha, no Rio, onde trabalha como operário.
As cenas no País foram filmadas em novembro, só que na relativamente tranqüila comunidade Taveira Bastos (onde se localiza a sede do Bope) e correspondem à primeira parte do filme. A equipe fez ainda imagens na Lapa e em Santa Teresa, além de aéreas da Floresta da Tijuca.

É por essas paisagens - e em outras de Nova York - que Banner é perseguido por Abominável, que culpa o cientista por ter se cristalizado em tal figura horrenda. Diretor, roteirista e Norton (sim, o protagonista, conhecido pelo gênio palpiteiro, é grande fã do personagem) pensaram numa criatura bem menos ‘plastificada' que a anterior. "Queria sentir textura, pele, veias", disse Leterrier.

Hulk, 2,75 m, mistura tecnologias CGI (sigla em inglês para imagem gerada por computador) e motion capture (em que o movimento dos atores é ‘copiado' e reproduzido digitalmente). Abominável, 60 cm maior e dotado de exoesqueleto, também foi criado pelos mesmos processos. 




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