A Petrobras revisou ontem sua meta de produção nacional de óleo e gás natural para 2008. Agora, a empresa prevê uma 1,95 milhão de barris por dia, com uma margem de variação de 2,5% para mais ou para menos.
O diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Almir Guilherme Barbassa, explicou que a Petrobras decidiu adotar uma espécie de folga em torno da meta central de produção para adequá-la a possíveis surpresas positivas ou negativas.
"Entretanto, esta tática pode trazer surpresas tanto para melhor como para pior", disse Barbassa.
A meta anterior de produção da companhia era de 2 milhões de barris por dia. No primeiro trimestre a produção nacional da estatal foi de 1,816 milhão de barris diários.
ATRASOS
Segundo Barbassa, a nova estimativa considera problemas operacionais enfrentados pela companhia no primeiro trimestre de 2008. Houve atrasos na produção esperada para as unidades P-52 e P-54, cujo pico de produção ficou adiado para o segundo semestre deste ano.
Além disso, a Petrobras teve dificuldades em relação a manutenção da pressão do reservatório do campo de Golfinho, o que está impedindo melhor desempenho de produção nessa área.
SEGUNDO TRIMESTRE
Barbassa ressaltou, contudo, que as perspectivas são positivas para os próximos meses. "No final do ano teremos duas plataformas a serem instaladas, a P-51 e a P-53, cada uma com capacidade adicional de produção de 180 mil barris ao dia", afirmou.
Além disso, o campo de Jabuti deverá ter uma capacidade adicional de 100 mil barris por dia. Portanto, no segundo semestre a estatal instalará, no total, mais 460 mil barris ao dia de capacidade.
De acordo com Barbassa, desde janeiro de 2007 foram adicionados 590 mil barris ao dia de capacidade instalada ao potencial de produção da Petrobras. O grande volume deste total foi instalado de setembro em diante, segundo o executivo.
Estatal impulsiona mais uma vez a Bovespa
A Petrobras foi mais uma vez a estrela do pregão doméstico, não só impedindo a Bovespa de ceder à queda das Bolsas norte-americanas, como também alçando-a ao sexto recorde de pontuação de 2008. O lucro acima das projeções dos analistas motivou ordens de compras, engrossadas pelo desempenho altista do petróleo no mercado externo.
A Bovespa subiu 0,12%, para o nível histórico de 70.503,2 pontos - o recorde anterior foi registrado ontem, aos 70.415,8 pontos. No intraday, o índice também teve a maior pontuação já registrada, de 71.084 pontos (substituindo o recorde de 2 de maio, aos 70.793 pontos), na máxima do dia (+0,95%). Na mínima, atingiu 70.108 pontos (-0,44%).
No mês, a Bovespa acumula alta de 38% e, no ano, de R$ 10,36%.
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