Economia Titulo Manifestação
Metalúrgicos pedem redução da jornada
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
26/04/2008 | 07:03
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A classe metalúrgica abriu sexta-feira a série de mobilizações da campanha pela redução da jornada sem diminuição dos salários promovida pelas centrais sindicais.

Pela primeira vez juntos, a CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), filiada à Força Sindical, mobilizaram a categoria em todo o País e fizeram seu ato principal na Praça da Sé (Centro da Capital), reunindo 6.000 trabalhadores pela causa.

Em alguns segmentos, os metalúrgicos já possuem a jornada reduzida, mas ainda é uma minoria, mesmo dentro da classe, que hoje soma dois milhões de operários no País.

Até por essa questão, os dirigentes resolveram não deixar a reivindicação só para a convenção coletiva, mas transformá-la em apelo nacional. "Vamos insistir nas negociações, mas o importante é que se torne lei e seja para todos", explica Valmir Marques, presidente da FEM/CUT (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da CUT).

Para o presidente da CNM, Carlos Alberto Grana, ainda haverá muitos embates com o setor patronal, mas desde o início da campanha, a redução se tornou pauta nacional e começou a ser discutida em diversos setores, principalmente no governo. "Por isso a importância da união, pois temos um inimigo comum", comenta.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também reafirmou a necessidade da aliança entre as centrais e os trabalhadores de diferentes correntes sindicais para pressionar o governo. "A união também está na base. Hoje, os militantes se respeitam, independente da central. E colocando essas divergências de lado, lutamos por uma causa maior, que é o direito do trabalhador."

Além da mudança na carga horária semanal de trabalho de 44 horas para 40, a categoria também reivindica a ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão sem justa causa.

O presidente da CNTM. Eleno Bezerra, explica que a rotatividade no setor metalúrgico atingiu 32% dos trabalhadores no ano passado, reforçando a importâncias do Brasil implementar a 158.

No dia 28 de maio, a categoria volta às ruas para engrossar a manifestação nacional organizado pelas centrais.




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