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Vigilantes param atividades e fecham 50 agências
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
02/02/2013 | 07:03
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Nario Barbosa/DGABC


 

Cerca de 80% dos 15 mil vigilantes do Grande ABC cruzaram os braços ontem e se manifestaram em frente ao Paço Municipal de São Bernardo, na tentativa de pressionar os patrões a conceder adicional de periculosidade de 30% sobre o salário de profissionais que desempenham atividades de segurança pessoal ou patrimonial e, portanto, estão expostos a roubos ou outros tipos de violência - na região já são pagos 18%. A lei que assegura esse direito (nº 12.740), foi sancionada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff, porém, ainda aguarda regulamentação do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O resultado da paralisação de 24 horas foi a não abertura de 50 agências bancárias, principalmente nas áreas centrais de São Bernardo, Santo André e Diadema, conforme informações do Sindicato dos Bancários do ABC. Existem na região 370 unidades bancárias.

Questionada sobre prejuízos gerados pela ação, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou que serão realizados "todos os esforços legais para bem atender os usuários". E observou que o MTE "já comunicou oficialmente a formação de grupo técnico para redigir as condições de aplicação da lei. Portanto, a reivindicação de aplicação imediata é descabida".

Procurado, o MTE informou que esse grupo já teve sua primeira reunião na semana passada e que deverá realizar a segunda em meados de fevereiro. Serão elaborados os detalhes da lei, quem se inclui nela e como será aplicada e, depois, o texto técnico básico será exposto em consulta pública durante 60 dias.

Segundo o presidente do Sindvig (Sindicato dos Empregados Vigilantes e Seguranças), Jorge Francisco da Silva, porém, na convenção coletiva da categoria consta que se a presidente sancionasse a lei, ela já estaria valendo. "Vamos nos encontrar nesta semana com as empresas para tentar negociação. Se o pagamento não for realizado, iniciaremos, depois do Carnaval, greve por tempo indeterminado."

Para o vice-presidente do Sevesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada de São Paulo), João Palhuca, a aplicação da lei depende de sua regulamentação, portanto, a greve será ilegal e passível a descontos nos salários e demissões. "Nós seguimos a lei. Não podemos incorrer no erro de pagar um funcionário e deixar de pagar o outro e não saber quem terá o direito de receber."

 

 




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