Sem citar prazo, peemedebista cita que fará ‘revolução’ na Educação para encerrar penitenciárias
Candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf prometeu que fechará os presídios paulistas. Sem citar prazos, o peemedebista afirmou que fará “revolução na Educação” para preparar o terreno para o fim das penitenciárias em São Paulo. Skaf também não revelou quanto investirá no setor para viabilizar a proposta.
“Há exemplos da Noruega e da Suécia e outras dezenas de países do mundo que investiram em Educação de qualidade e fecharam os presídios. Quando você investe na área, você dá oportunidade, dá autoestima, constrói uma nova sociedade”, sustentou o candidato do PMDB, em entrevista à primeira edição do SPTV, da Rede Globo, na tarde de ontem.
Dados recentes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mostram que a população carcerária de São Paulo é a maior do Brasil. Do total de presos no País (563,5 mil), 36,3% estão nas penitenciárias paulistas. Os números também apresentam que os presídios registram superlotação, já que, ao todo, são 114.498 vagas disponíveis para os quase 205 mil detidos no Estado – deficit de 90.448 lugares.
O cenário brasileiro indica situação caótica quando comparado com levantamento mundial. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos países com maior população prisional, incluindo as domiciliares, atrás apenas de Estados Unidos (2,2 milhões de presos) e China (1,7 milhão).
O candidato do PMDB não apresentou propostas concretas para reverter o panorama carcerário do País. Skaf se limitou a frisar que levará sua experiência à frente do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) – é presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) – para comandar o Palácio dos Bandeirantes e “desburocratizar” a Segurança Pública. “A criminalidade não vai acabar, mas vai diminuir”, salientou o peemedebista, que visitou ontem empresa que fomenta projetos na área da tecnologia.
PESQUISA
Skaf comemorou os números da sondagem feita pelo DGABC Pesquisas, divulgada no domingo pelo Diário, que mostra crescimento do peemedebista e do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) e queda do atual governador e postulante à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), em relação à sondagem feita em julho. O tucano caiu de 40,6% a 39,2%, enquanto o peemedebista foi a 18,3% (tinha 14,7%) e o petista saltou dos 4,9% para 11% nos últimos dois meses.
“Por isso acredito que haverá segundo turno. Há uma vontade muito grande da população em renovar”, analisou. Apesar de ter oscilado para baixo no levantamento do DGABC, Alckmin foi a 54,8% na contagem dos votos válidos e triunfaria na disputa já no dia 5 de outubro.
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