Prefeito de Sto.André diz que articulou a retirada do nome da petista
O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), admitiu tentativa de retirar a candidatura da militante Silvana Silva, filiada ao petismo municipal, para o cargo de deputada federal na eleição de outubro. “Fizemos, inclusive, gestões (com intuito de barrar o nome) junto ao diretório estadual do partido”, sustentou. O petista alegou que foi “surpreendido” com a inclusão da correligionária na lista que foi aprovada pela executiva paulista. “Simplesmente disseram: ‘Quem se inscreveu, (se) colocou’ porque tem problema da cota de mulheres.”
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) exige percentual mínimo de 30% de cota feminina na chapa proporcional. “Essa foi a justificativa da estadual. Argumentaram que se tirasse a Silvana teria de colocar mais três homens”, explicou o prefeito. Grana tinha compromisso de atuar por consenso no PT andreense para que o deputado Vanderlei Siraque fosse candidato único à Câmara Federal.
O acordo era buscar unidade por conta do pacto firmado entre Grana e Siraque ao páreo de 2012, quando o parlamentar, à época, evitou a disputa de prévia interna, abrindo mão de encabeçar chapa ao Paço em favor do hoje chefe do Executivo. Anteriormente, o deputado mencionou que esperava “boa-fé de que palavra dada é palavra cumprida”. Apesar do impasse, ele confia em apoio maciço do governo, principalmente do primeiro escalão. Em 2010, conquistou 93,3 mil votos.
Embora a interferência na estadual tenha naufragado, Grana sinalizou que deixou claro a Silvana que ela não teria adesão de integrantes do Paço. “Ela não tem nosso apoio. Agora não vou ficar pedindo comissão de impugnação de nenhuma candidata, principalmente do PT”, disse, frisando que “boa parte” dos comissionados, incluindo até não petistas, garante suporte ao deputado da cidade.
Silvana não foi localizada para comentar o caso.
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