O informe anual aprovado nesta terça-feira pelo gabinete de Defesa assinala que o Japão está especialmente preocupado porque Pequim estabeleceu uma zona de identificação de defesa aérea que inclui as ilhas do Mar do Sul da China, que ambos os países disputam. Em resposta à presença de aeronaves chinesas, o Japão enviou aviões para a região por 400 vezes no ano passado.
A proposta da China de "mudar unilateralmente o status quo da região agrava as tensões e pode causar consequências não intencionais" no Mar Oriental da China, defende o texto, que tem 429 páginas.
O informa também indica que a Coreia do Norte tem melhorado a sua capacidade de lançamento de mísseis balísticos de longo alcance e a miniaturização de ogivas nucleares, o que poderia aumentar as tensões na região.
Contudo, as autoridades assinalam que o orçamento de defesa do Japão talvez seja insuficiente para alcançar os objetivos estabelecidos pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe, para reforçar as forças armadas do país.
O orçamento de Defesa do Japão aumentou 2,2% no ano fiscal de 2014-15, para US$ 48 bilhões, o segundo incremento anual desde que Abe chegou ao poder, após mais de dez anos de corte nos gastos.
Em julho, o gabinete de Abe aprovou a reinterpretação da constituição do país, que expressamente rechaçava a participação do Japão em guerras, para permitir que as forças armadas defendam países vizinhos aliados e tenham participação internacional mais ativa. Fonte: Associated Press.
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