Política Titulo Censura
APJ condena
ação de Paulo Skaf

Segundo entidade, pedido da coligação do PMDB
contra pesquisa do Diário é ‘prejuízo à democracia’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/08/2014 | 06:54
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Denis Maciel/DGABC


A APJ (Associação Paulista de Jornais) classificou como “prejuízo à democracia” a ação proposta na Justiça Eleitoral pela coligação encabeçada pelo candidato Paulo Skaf (PMDB) para suspender divulgação de levantamento realizado pelo DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, sobre cenário eleitoral no pleito ao governo do Estado.

O presidente da APJ, Renato Zaiden, afirmou que “a pesquisa contribui para o processo eleitoral de todos os candidatos, ainda que aparentemente possa não favorecer politicamente o candidato”. “Impedir a sua divulgação, isso sim, é um prejuízo à democracia.”

Zaiden disse que a APJ reconhece a seriedade do trabalho jornalístico do Diário e lembrou que o jornal é conhecido por Skaf desde o início de sua gestão à frente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entidade a qual se licenciou para concorrer ao cargo máximo no Palácio dos Bandeirantes.

“Justamente por este histórico de relações democráticas, acreditamos que o candidato Paulo Skaf deveria relevar, demonstrando grandeza e altivez, e aceitar o resultado da pesquisa como uma referência da situação atual, sejam quais forem os dados constatados”, opinou Zaiden.
O presidente estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, não retornou aos contatos.

Veja íntegra da nota da APJ:
A APJ acredita na seriedade do trabalho jornalístico do Diário do Grande ABC. A entidade é conhecida pelo candidato Paulo Skaf desde o início de sua gestão à frente da Fiesp e este esteve presente nas iniciativas democráticas de cobertura eleitoral da Rede Paulista de Jornais, que compõe a entidade, com relacionamento sempre transparente, tanto como presidente da Fiesp como candidato ao governo de São Paulo, no projeto Agenda São Paulo, na eleição anterior.

Justamente por este histórico de relações democráticas, acreditamos que o candidato Paulo Skaf deveria relevar, demonstrando grandeza e altivez, e aceitar o resultado da pesquisa como uma referência da situação atual, sejam quais forem os dados constatados.

Acreditamos, na APJ, que os leitores têm o seu próprio discernimento e competência para decidir ao final por um ou outro candidato. As pesquisas refletem a realidade do momento e cumprem o papel democrático de facilitar o acesso público aos nomes dos candidatos e acompanhar a evolução do processo eleitoral. Inclusive podem ajudar os próprios partidos e candidatos a se autoavaliarem, analisarem e compararem os dados com outras pesquisas e seus próprios levantamentos junto aos eleitores.

Independentemente dos resultados, a pesquisa contribui para o processo eleitoral de todos os candidatos, ainda que aparentemente possa não favorecer politicamente o candidato. Impedir a sua divulgação, isso sim, é um prejuízo à democracia.

Renato Zaiden
Presidente

Medida judicial causa desconforto no comando da campanha

A atitude da alta cúpula da campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao Palácio dos Bandeirantes gerou desconforto entre lideranças influentes do comando da candidatura peemedebista ao governo do Estado.

O Diário apurou que houve muitos questionamentos a respeito da decisão de acionar a Justiça Eleitoral para suspender a divulgação do estudo do DGABC Pesquisas sobre o cenário eleitoral na região.

As críticas aumentaram depois de apresentados os números da pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Globo, que indicaram cenário pior ao mapeamento do Datafolha do dia 17. Ambas as pesquisas mostraram vitória do atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno, sendo o Ibope revelando maior distanciamento entre o tucano e Skaf.

Políticos ligados à coordenação da campanha também lembraram que seria interessante ter recorte da campanha do PMDB na região com 2 milhões de eleitores.

Ontem, lideranças regionais do PMDB disseram não concordar com pedido para impedir a veiculação da pesquisa encomendada pelo Diário.




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