Dramaturgo e diretor do Grupo Artemis, de Mauá, Rafael
de Castro estreia 'A Princesinha', cujo texto ele adaptou
Valorizador de histórias nato, o artista mauaense Rafael de Castro termina o ano de 2012 com uma boa delas para contar. Depois de ganhar oito prêmios na quarta edição do Festival de Teatro da Cidade de São Paulo com a peça 'Uma Luz Cor de Luar', do seu grupo, o Artemis, o ator, dramaturgo e diretor estreia hoje, em Campos do Jordão, o musical 'A Princesinha', cujo texto foi adaptado da obra de Frances Hodgson Burnett por ele.
A superprodução, que conta com nomes como Rafael Almeida, Tânia Mara, Fafy Siqueira, Mara Carvalho e Júlio Rocha no elenco, soma grande visibilidade no currículo de Castro e traz um ‘cadinho' a mais de experiência para ele, que, com seu grupo, já vem há algum tempo trabalhando com pesquisas na área de teatro musical.
"Foi o maior presente que ganhei em 2012: a oportunidade de adaptar esse musical", diz Castro. A montagem, realização da Fundação Lia Maria Aguiar, instituição de inclusão socioeconômica, educacional e cultural de Campos do Jordão, agrega ainda 130 personagens, em sua maioria crianças assistidas pela fundação.
"Já acompanho o trabalho da fundação há alguns anos. Para compor o texto fui em busca dos valores e sentimentos que são reflexos das ações que ela promove. Temas como amizade e superação foram muito fortes nessa transposição. Basicamente vejo a história de todas essas crianças misturadas à do texto."
No enredo, a jovem órfã Sara muda da Índia para a Inglaterra depois da morte da sua mãe. Lá ela passa por sufocos em um internato, mas não esmorece e segue em busca da sua felicidade e da de suas companheiras. A trama é circundada de grandiosidade. Chove e neva em cena, um personagem voa no palco etc.
Para o próximo ano, Castro planeja estrear mais um grande trabalho, só que desta vez com a sua companhia. A ideia é contar, através das músicas de uma das maiores bandas de rock brasileiro, sobre um mundo pós-Terceira Guerra Mundial. Além disso, o Artemis lançará outro espetáculo infantil, também musicado. "Ainda estamos na sementinha", diz ele, que quer apostar em musicais de maneira diferente da que se vê sendo praticada por aí.
"Nossa pesquisa busca construir um texto que descaracterize essa coisa de show dos musicais, mas que use a música como fio condutor da narrativa. A primeira montagem do Artemis foi 'As Troianas', mas com música. Acreditamos em teatro como os ditirambos (ritual com canto coral, umas das primeiras manifestações que deram origem ao teatro que se conhece hoje) que se praticavam na Grécia antiga", completa.
A Princesinha - Musical. No Convention Center - Avenida Macedo Soares, 499, Campos do Jordão. Tel.: (12) 3663-4293. Quarta a domingo, às 20h30. Ingr.: R$ 20 a R$ 200. Até dia 6.
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