O deputado federal e ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) defendeu ontem o diálogo com os deputados estaduais Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS) como meio de fortalecer a oposição.
O congressita avalia que essa é a única forma de o grupo retomar o comando do Paço. "Tenho certeza absoluta que só reunindo (os três) fica viável (êxito em eleição)", afirmou.
Ex-coordenador regional do PSDB, Dib afirmou que está à disposição para conversar com Alex e Morando. "Da minha parte não falta nada. Não estou brigando por espaço."
Segundo Dib, a possibilidade de união do trio hoje, numa escala de zero a dez, é dois. "Já foi zero. Então evoluímos", considerou.
Ex-aliados, Dib e Morando estiveram em lados diferentes no pleito municipal deste ano. O ex-prefeito foi um dos articuladores da aliança entre PSDB e PPS, que culminou na chapa formada por Alex como postulante ao Paço, tendo o vereador e presidente do diretório municipal tucano, Admir Ferro, como vice.
Embora Alex não tenha conseguido impedir a reeleição do prefeito Luiz Marinho (PT), que conquistou 261.339 votos (65,79% dos válidos), contra os seus 122.924 (30,94%), o PPS elegeu seis vereadores. Já os tucanos fizeram dois parlamentares.
O PPS já indicou o vereador eleito Pery Cartola como o candidato do grupo à presidência da Câmara, com a promessa de oposição implacável à administração Marinho.
Prefeiturável em 2008, Morando foi um dos defensores da candidatura própria tucana. O deputado estadual cogitou disputar as prévias para escolher o representante do partido na eleição, mas desistiu após aceitar o convite para coordenar a campanha do ex-governador José Serra (PSDB) na disputa pela prefeitura da Capital.
Durante a corrida eleitoral, Morando assumiu postura de neutralidade, evitando comentar sobre o pleito na cidade. Mas, no dia 4 de outubro, três dias antes da eleição, declarou voto em Alex. "É por questão estritamente partidária", disse na ocasião.
RESISTÊNCIA
Enquanto William Dib propõe o diálogo para que a oposição se fortaleça em São Bernardo, Orlando Morando não demonstra interesse numa eventual reunião com o correligionário.
"Não vejo, depois de tudo o que ele fez, juntar os cacos agora. Foi ele quem mais separou a oposição no Grande ABC, que originou um resultado pífio na eleição", disse Morando.
O tucano afirmou que não é contrário ao diálogo para unir a oposição, mas defende o processo sem a participação de Dib. "Não vejo ele como articulador", considerou.
Procurado, Alex Manente não retornou aos contatos da equipe do Diário.
Para tucano, 2012 não foi um bom ano para o Brasil
Na avaliação do deputado federal William Dib, 2012 não foi um bom ano para a economia brasileira que, segundo ele, registrou crescimento pífio.
"O governo tem acertado na redução de tributos, mas erra ao se intrometer demais na economia. Isso faz com que diminua a taxa de investimentos. Se continuar assim vamos para trás", advertiu o parlamentar.
Segundo o tucano, somente com desenvolvimento o País poderá atrair investimentos significativos em Saúde e Educação, dois gargalos que precisam de soluções rápidas.
"O Brasil deve investir muito por causa da Copa do Mundo de 2014, mas se tívessemos crescido 4% neste ano como o governo (da presidente Dilma Rousseff, PT) previa, poderíamos melhorar os serviços prestados para a população", disse.
Dib avalia que o cidadão que busca melhorias na Saúde cobra resposta dos governos municipais, que "atuam no limite orçamentário". RS
Estatuto da Metrópole voltará à pauta em 2013
Vice-presidente da comissão especial criada para dar parecer ao Projeto de Lei número 3460/2004, que dá as diretrizes para a consolidação do Estatuto da Metrópole, William Dib disse que o tema voltará a ser discutido com afinco em 2013.
"O presidente da comissão (deputado federal Mário Mariani, PMDB-SC) não convocou mais nenhuma reuniçao por causa do processo eleitoral. Mas prometeu voltar a discutí-lo com vigor ano que vem", disse Dib.
De autoria do parlamentar Walter Feldman (PSDB-SP), o projeto visa criar elo entre o Estado e as cidades, papel atualmente desempenhado pelos consórcios intermunicipais, mas que, na prática, não conseguem resultados práticos.
Para apresentar o projeto, foram realizadas seis audiências públicas, a primeira em Brasília, seguida de outras capitais brasileiras: São Paulo (Sudeste), Goiânia (Centro-Oeste), Salvador (Nordeste), Florianópolis (Sul) e Belém (Norte). RS
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