Governador reforça fidelidade ao PSDB e libera
os aliados do PSB a apoiarem Eduardo Campos
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu ontem que seu voto para presidente é do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) em combate ao coro de ‘Edualdo’. A expressão faz referência a aliança dos tucanos com o PSB em São Paulo, sigla que defende o nome do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos para o Palácio do Planalto.
“Temos uma aliança com 14 partidos, dentre esses, o PSB. Quem é do PSB vai apoiar o seu candidato, que é o Eduardo Campos. Quem é do PSDB vai apoiar o Aécio, que é o meu candidato à Presidência da República”, declarou Alckmin, que tem o socialista Márcio França como vice em sua chapa.
A postura do governador coloca panos quentes em entusiastas de que Alckmin e o presidenciável socialista pudessem subir no mesmo palanque. São Paulo tem o maior colégio eleitoral do País, são 32 milhões aptos a votar, e registrou rejeição de 47% à presidente Dilma Rousseff, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada no começo do mês.
Acompanhados de José Serra, nome tucano para o Senado, Aécio e Alckmin começaram a campanha às 10h30 de ontem com um café na lanchonete do Parque da Juventude, na Zona Norte da Capital. Os tucanos visitaram a Biblioteca de São Paulo e Etec (Escola Técnica Estadual), ambas instaladas no parque, na área externa fizeram rápida caminhada por conta da garoa e seguiram para a Feira Tecnológica de Itaquera, na Zona Leste. “O Aécio é um cara de sorte, trouxe até a chuva”, brincou sobre crise do Sistema Cantareira de abastecimento de água.
Cortejado durante todo o trajeto, Alckmin aproveitou a popularidade para inserir Aécio ao eleitorado abusando de abraços e fotografias. Ao fim da visita à Itaquera concederam entrevista coletiva. “Aécio é o candidato do desenvolvimento, do emprego, da renda. Não é o candidato da estagnação, que nós, infelizmente, estamos vivendo. A inflação é muito alta chega a quase 1% do PIB (Produto Interno Bruto)”, alfinetou o governador.
Aécio considerou que faltou equilíbrio da União na polêmica diplomática com Israel. O Brasil reprovou o uso excessivo da força contra a Faixa de gaza, na Palestina, e foi chamado de “anão diplomático” pelos israelenses. “Temos que condenar o uso excessivo da força por parte de Israel, mas, da mesma forma, temos que condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara para cessar fogo e entendimento entre as partes.”
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