Setecidades Titulo Meio Ambiente
Estudo aponta bairros conscientes
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
10/12/2012 | 07:00
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Pesquisa feita por estudantes do curso de Gestão Ambiental da Faculdade Anhanguera Anchieta indicou os seis bairros de São Bernardo com moradores mais conscientes do ponto de vista ambiental. As áreas que possuem maior concentração de pessoas conscientizadas e que contribuem efetivamente com o meio ambiente são: Santa Terezinha, Jardim Las Palmas, Vila Marchi, Vila Rosa, Jardim Thelma e Jardim Laura.

Foram mapeados 44 pontos do município, onde cerca de 500 entrevistados responderam a quatro perguntas chave. Os alunos questionaram se a pessoa se considera ambientalmente consciente, se julga importante ações de conscientização ambiental, se separa os resíduos úmidos dos recicláveis e se economiza energia elétrica e água.

O estudo surpreendeu os pesquisadores, à medida que apontou bairros periféricos entre os que estão de acordo com atitudes ecologicamente corretas. No Jardim Thelma, por exemplo, 100% das pessoas ouvidas fazem a separação do lixo para a coleta seletiva. "Rompemos com paradigmas que diziam que percentuais mais altos de conscientização seriam observados apenas nas zonas centrais da cidade", destaca o professor orientador do projeto, Adalberto Mohai Szabó Júnior.

De modo geral, em 90% das áreas analisadas, os moradores se consideram ‘amigos da natureza'. No entanto, apenas 50% deles separam os resíduos sólidos. Exemplo pode ser observado no bairro Assunção, região central da cidade, onde 100% dos entrevistados disseram ser ambientalmente conscientes e apenas 50% deles separam o lixo úmido dos recicláveis.

Para a dona de casa Clotilde Coelho, 76 anos, com consciência ambiental as cidades seriam mais limpas e o mundo melhor. "A gente até separa o lixo reciclável do normal, mas tem que levar na Vila Euro, ecoponto mais próximo."

São Bernardo conta com 202 postos de coleta de recicláveis, sendo nove no bairro Assunção. Apesar disso, a dona de casa Marisa Sá acredita que a solução é a instalação de mais postos ou a coleta seletiva porta a porta. "A gente tem uma vida corrida. Às vezes até separo os recicláveis, mas acabo descartando com o resíduo orgânico", confessa.

PRÓXIMO PASSO

A proposta do grupo de estudantes é aprofundar o estudo e apresentar à Secretaria de Meio Ambiente do município, além de se colocar como parceiro na tarefa de desenvolver projetos para mudar a realidade observada na pesquisa. O próximo passo, segundo Szabó, é fazer trabalho de observação. "Podemos avaliar o uso dos ecopontos e observar as contas de água e luz para saber se o consumo está dentro da media considerada adequada."

A partir daí, o educador acredita que o principal ponto que deve ser trabalhado é a conscientização, por meio de educação ambiental. "As pessoas não devem ser condicionadas a ter atitudes ecologicamente corretas, mas compreender quais são os verdadeiros benefícios de cada uma de suas ações."




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