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Mais Fusca do que nunca

Volkswagen renasce com visual arrojado, mais potente e
comportamento apimentado; preços parte de R$ 76,6 mil

Marcelo Monegato
Enviado a Campinas (SP)
05/12/2012 | 07:00
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"Oxi! É o Fusquinha novo, é? Se bem que tá mais pra Fuscão, né não John?", disse um motoboy, ao desacelerar da ‘vidaloka' por alguns segundos para se encantar com o novo Volkswagen Fusca parado no semáforo entre a Avenida Dom Pedro II e a Rua Catequese, em Santo André. É, parece que o mito está realmente de volta.

Ícone da indústria automobilística mundial, projetado nos anos 1930 pelo gênio Ferdinand Porsche para ser o carro do povo alemão, o Fusca, que no Brasil aportou somente em 1959, renasce maior, muito mais potente (motor 2.0 TSI de 200 cv) e tecnológico, e - infelizmente - menos acessível, partindo de R$ 76,6 mil (transmissão manual).

Apesar das linhas mais fortes, robustas e marcantes, o novo Fusca está mais parecido com o Fusquinha. O New Beetle, de linhas delicadas e que arrancava elogios do tipo "que fofo!", ficou no passado. Agora, o design está mais masculino, e chama a atenção por onde passa - especialmente das crianças e dos mais jovens.

Os faróis dianteiros continuam redondos e trazem iluminação diurna em LEDs - destaque para a grade inferior do para-choque dianteiro, característicos da linha atual da Volks. A lateral lisa tem linha de cintura alta e o teto mais baixo (comparado ao New Beetle), deixaram o Fusca mais esportivo. As caixas de rodas, característica do Fusquinha, voltaram a ser marcantes, mas agora acompanhadas de rodas de liga leve de 17 polegadas de série - as de 18 polegadas, do Fusca das fotos, são opcionais (R$ 2.050). O estribo também está de volta, só que agora é meramente estético.

A traseira, com queda mais acentuada e marcante, perdeu os faróis arredondados. Agora são cortados pela tampa do porta-malas, que traz aerofólio e a insígnia ‘Fusca'. A saída dupla do escapamento continua, só que agora maior e mais esportiva. Alguns detalhes remetem a certos Porsches de Ferdinand.

Por uma questão tecnológica, o novo Fusca não tem muito a ver com o antecessor. O volante é multifuncional e tem base achatada. O painel de instrumentos traz velocímetro amplo com computador de bordo acoplado, e conta-giros na esqueda. O sistema multimídia oferece conectividade Bluetooth, navegação e tela sensível ao toque (opcional, que sai por R$ 2.325).

Ponto negativo para o porta-treco das portas - que remete ao antigo e não cabe muita coisa. O porta-luvas também é retrô, mas pouco espaçoso, por isso existe outro compartimento maior em baixo, similar aos veículos atuais. Os revestimentos misturam couro, plástico emborrachado e peças que imitam fibra de carbono - mais um ponto que exalta a tentativa de agregar mais esportividade ao modelo.

O espaço do cupê é para quatro ocupantes, mas leva bem os dois da frente, apenas. Em termos de medidas, são 4,27 metros de comprimento (2,53 metros de distância entre os eixos), 1,80 metro de largura e 1,48 metro de altura. O porta-malas tem capacidade para 310 litros.

O conjunto mecânico evoluiu - e muito, para não dizer completamente. O motor é o mesmo 2.0 TSI de 200 cv e torque de 28,5 mkgf disponíveis a 1.700 rpm do Jetta e do Tiguan. A velocidade máxima, de acordo com a fabricante, é de 223 km/h (limitada eletronicamente). Na versão avaliada pelo Diário, destaque para a transmissão automatizada DSG (dupla embreagem) de seis velocidades de engates rápidos e sem trancos fortes. Existe a possibilidade de trocas manuais pela alavanca ou pelas aletas atrás do volante.

A suspensão firme garante que o Fusca faça curvas sem escapar - ponto positivo para os controles de tração e estabilidade e para sistema de freio com ABS (antitravamento) e distribuição eletrônico.

Facelift

Sexy symbol da Volkswagen, o cupê de quatro portas CC (R$ 208.024) chega ao Brasil com visual renovado. Destaque para a dianteira, que traz conjunto óptico e grade frontal com novo DNA da marca, e para a os faróis traseiros. Conjunto mecânico é o mesmo: motor 3.0 V6 de 300 cv e câmbio automatizado DSG de seis marchas.

Apimentado

Assim como Touareg, o utilitário esportivo Tiguan passa a ser oferecido com visual apimentado R-Line, que não altera a parte mecânica. Instalando só o kit aerodinâmico - para-choques diferenciados, saias laterais e rodas de 18 polegadas -, o SUV custa R$ 114.770. Se apelar também para os mimos internos valor salta para R$ 126.169.




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