Setecidades Titulo Três Marias
Reunião com invasores termina sem solução

Famílias terão de aguardar na fila por oportunidade de ter casa em São Bernardo

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
01/12/2012 | 07:00
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A reunião agendada para ontem à tarde entre os invasores do Conjunto Três Marias, no bairro Cooperativa, e a Prefeitura de São Bernardo terminou sem definição. O encontro ocorreu na sede da Secretaria de Habitação, no Rudge Ramos.

Na quinta-feira, cerca de dez famílias do Jardim Ipê, Detroit e Divinéia invadiram cinco dos oito apartamentos do andar térreo que estão vazios em dois blocos do conjunto habitacional. Todos concordaram em desocupar as unidades com a condição de discutir os casos em reunião com a secretária de Habitação, Tássia Regino.

Os invasores atribuem a ação extremista à falta de agilidade da Prefeitura em resolver problemas relacionados aos cadastros em programas habitacionais feitos em outras gestões.

No encontro, porém, a secretária explicou que nenhuma das famílias que ocuparam os apartamentos tem cadastro regularizado junto à Pasta, o que, portanto, inviabiliza a oferta de moradias a essas pessoas.

Uma das pessoas que invadiram o espaço, Edna Rocha Pires, 31, participou da reunião. Os três terrenos de sua família no Jardim Ipê foram desapropriados pela Prefeitura para obras de urbanização em 1998. Depois, três apartamentos foram entregues à família durante a atual gestão, mediante inscrição. Agora, os filhos e demais parentes reivindicam o mesmo direito de moradia. "O problema é que sempre adiavam essa discussão. Vim à secretaria por anos e não me respondiam nem que sim nem que não. Agora vamos ter que começar do zero."

Na saída da reunião, a secretária explicou que o objetivo é diminuir ao máximo o deficit habitacional da cidade, hoje de 35 mil moradias. Mas o processo levará tempo. "Vamos atender a todos, mas não da noite para o dia. Os titulares dessas famílias foram contemplados e o problema foi solucionado. Na segunda gestão, nosso compromisso é trabalhar com famílias que não residem em área de risco e que ganhem até três salários-mínimos. Porém, não podemos furar a fila", explicou.




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