Dise de S.Bernardo apreende armas e drogas no morro do Samba
Policiais civis da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de São Bernardo desmantelaram ontem esquema montado pelo tráfico de drogas da comunidade do morro do Samba, em Diadema. Ao todo, 11 pessoas foram presas, além de apreendidos cerca de 60 quilos de drogas, cinco carros, uma moto, balanças de precisão, éter e armas, dois fuzis HKs, um revólver calibre 38 e munição calibre 12.
Segundo o delegado seccional Rafael Rabinovici, o trabalho é fruto de investigações que vêm sendo conduzidas desde o início de outubro na chamada Operação Ferrazópolis, onde mais de 40 pessoas foram autuadas por envolvimento com o tráfico no bairro.
A Dise apurou que o principal fornecedor das drogas era da comunidade da cidade vizinha. Durante as investigações, identificou os responsáveis, além de depósito e laboratório localizado no bairro Cidade Ademar, na Zona Sul da Capital. Ontem, realizou as prisões após as emissões dos mandados de busca e apreensão.
A polícia identificou Vicente Amaro da Silva Júnior, 48 anos, conhecido como Veio, como o líder da quadrilha. Ele aparece em escutas telefônicas mandando executar o vigilante Alex Sandro Santos Cruz, 37, no dia 24 de outubro, no bairro Serraria, em um tribunal do crime realizado na cidade. A causa ainda é desconhecida.
Todos os outro sete homens detidos têm antecedentes criminais. Entre as mulheres, há uma menor de 17 anos. A suspeita é que as armas, escondidas na laje da casa, estariam disponíveis para locação de outros integrantes da facção criminosa.
Também é investigada a possibilidade do paiol ser o responsável pelo abastecimento de outras cidades da região. Um Clio preto apreendido tinha um dispotivo eletrônico que impedia a polícia de localizar os entorpecentes em caso de revista, o que caracterizava seu uso para transporte da mercadoria.
Rabinovici diz que as investigações prosseguirão com o objetivo de averiguar a forma como foram adquiridos os veículos, o éter e o armamento. Os dois últimos não tiveram a numeração da série de fabricação raspada. "É necessário ver se (as armas, carros e carga) foram roubados ou alguém repassou a eles. Precisamos checar a origem de tudo o que foi apreendido."
A polícia sabe que um dos fuzis foi fabricado nos Estados Unidos e o outro no Egito. "Foi um trabalho de investigação muito bem executado", endossou o delegado seccional.
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