Política Titulo Sem Câmara
Laércio recebe convite para atuar na Assembleia
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
17/11/2012 | 07:21
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Orlando Filho/DGABC


O presidente da Câmara de Diadema, Laércio Soares (PCdoB), que não conquistou a reeleição, deve trabalhar na Assembleia Legislativa no ano que vem. O convite já foi feito pela mandatária estadual do PCdoB, Nádia Campeão - vice na chapa eleita de Fernando Haddad (PT) para a prefeitura de São Paulo.

Laércio atuaria no colégio de líderes do Legislativo paulista. Poderia manter perfil de articulador político, que o levou à presidência da Casa diademense sem apoio do prefeito Mário Reali (PT). Além disso, manteria atuação em São Paulo, próximo a Diadema, com vistas para eleições de 2014 e 2016.

O comunista garantiu que não decidiu seu futuro. Afirmou que vai tirar férias em janeiro com a família e depois discutir com seu grupo político o convite feito pela cúpula estadual. "Não será uma decisão só minha", disse Laércio, que também foi chamado para trabalhar na prefeitura paulistana e no Paço de Jundiaí, cujo o comunista Pedro Bigardi vai governar a partir de janeiro.

Faltaram oito votos de coligação para que Laércio conseguisse se reeleger - a parceria com o PRTB rendeu 11.100 votos. Foi a primeira vez desde que ingressou no PCdoB que o vereador não firmou acordo proporcional com o PT. "Não conseguimos eleger um nome por detalhe. Mostrou que o nosso projeto, orientado pela executiva estadual, estava certo. Nós fortalecemos o PCdoB", avaliou o parlamentar.

O mandatário da Câmara utilizou o exemplo de São Bernardo para mostrar que há espaço para crescimento do diretório diademense na próxima eleição. Em 2008, o PCdoB são-bernardense não conquistou cadeira no Legislativo, mas se reestruturou e, em outubro, emplacou dois nomes: José Walter Tavares e Martins Martins.

VAGA COM 23 CADEIRAS

No ano passado, a Câmara de Diadema decidiu não aprovar aumento máximo no número de cadeiras para a legislatura futura. Alegou, à ocasião, falta de recursos financeiros para bancar o custo adicional. Se a Casa tivesse autorizado 23 vereadores, e não os 21 aprovados, Laércio estaria reeleito.

"Não me arrependo do que fiz. Poderia pensar exclusivamente em mim ou no meu partido e ser um presidente irresponsável com a coisa pública. Preferi correr o risco (de não se reeleger) a não causar prejuízo à Câmara", alegou o vereador de seis mandatos.




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