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Sabella diz que título pode renovar sonhos dos clubes locais

Técnico crê que conquista do Mundial também seria prêmio aos jogadores pelo grande esforço

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
13/07/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 A exemplo da Alemanha, a Argentina tem motivos extras para correr um pouco mais do que o habitual atrás do título mundial, hoje, às 16h, no Maracanã. Segundo o técnico Alejandro Sabella, o tricampeonato poderia significar a ressurreição do futebol nacional e a valorização de jogadores formados nos clubes argentinos.

“Se chegarmos ao título renovaríamos as ilusões e os sonhos dos nossos clubes e seria muito importante para jogadores que começaram nas categorias de base, tiveram uma carreira bem complicada, com muitas dificuldades, mas que venceram na vida. Eles podem ser exemplos para outros atletas mais novos que estão por surgir. Nosso povo precisa de uma conquista como essa e nossos times também”, comentou o treinador.

No elenco da Argentina, apenas três jogadores atuam no futebol local (Fernando Gago e Agustin Orion, ambos do Boca Juniors, além de Maxi Rodríguez, do Newells Old Boys). Só como comparação, 16 dos 23 jogadores da Alemanha atuam em times nacionais, sendo sete no Bayern de Munique. Sabella é conhecido pelos argentinos por considerar a parte emocional tão importante quanto os treinamentos físicos e táticos. Ontem, porém, ele reconheceu que não terá tanto trabalho para motivar os jogadores antes da partida final.

“Só entrar em campo na disputa do título mundial já é mais do que suficiente para eles estarem motivados, mas é claro que não me custa lembrá-los do que isso significa para nós”, comentou o treinador, que viu o gosto da conquista diferente por ser no Brasil. “Seria a maior satisfação da minha carreira profissional, ainda mais em um País que sempre admirei”, acrescentou o treinador, que era volante e atuou no Grêmio nas temporadas de 1986 e 1987.

Além do Brasil, o técnico citou características do Uruguai que planeja importar para sua equipe. “Seria bom incorporar um pouco da rebeldia e da coragem que os uruguaios mostram em campo. Vamos precisar basicamente disso para enfrentar a Alemanha, um adversário extremamente poderoso”, finalizou Sabella.

Di María é dúvida, mas deve jogar - O técnico Alejandro Sabella adotou o mistério quanto ao aproveitamento do atacante Angel Di María na final de hoje. O jogador sofreu estiramento muscular na coxa direita nas oitavas de final diante da Suíça, desfalcou o time na semifinal contra a Holanda e passa por tratamento intensivo para ter condições de entrar em campo.

“Vamos ver como Di María se comporta nos últimos testes que faremos. Se ocorrer tudo bem, ele deve ir para o jogo”, comentou o treinador, que assim como o alemão Joachim Löw, permitiu que a imprensa acompanhasse apenas os 15 primeiros minutos do treino de ontem, em São Januário. Algumas evidências, porém, mostram que o atacante deve estar em campo. Ele treinou com bola na sexta-feira. Além disso, fretou um avião saindo de Rosário, na Argentina, até o Rio de Janeiro, para que dez amigos pudessem acompanhar a final contra a Alemanha.

A presença de Di María é considerada fundamental porque a sua velocidade faz com que os zagueiros e laterais acompanhem suas investidas pelo lado esquerdo do campo. Com isso, Messi tem mais liberdade no meio para criar e concluir as jogadas. “Pensa errado quem acha que a Argentina é só Messi. Di María é um grande jogador e sua presença em campo é fator de dificuldade para nossa equipe”, comentou o técnico alemão Joachim Löw.




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