Ontem, foi realizada a última rodada de negociação entre químicos e empresários. Na ocasião, a bancada patronal ofereceu reajuste salarial de 7,8%, o que gera 1,87% de ganho sobre a inflação.
"A reunião não foi ruim, mas os índices apresentados não contemplam nossas expectativas", afirma o secretário-geral de imprensa do Sindicato dos Químicos do ABC, Sidney Araújo dos Santos.
A categoria é composta por 40 mil trabalhadores no Grande ABC e reivindica 12% de aumento.
Os patrões querem oferecer PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 787 nas empresas com até 50 funcionários. Nas fábricas com quantidade maior de trabalhadores, o valor proposto é de R$ 830.
Durante a campanha, a categoria pedia PLR mínima de R$ 1.400 para todos os funcionários.
Quanto aos pisos, a proposta é que os funcionários de empresas com até 50 colaboradores passem a receber R$ 1.056, acima desse contingente, R$ 1.073. No entanto, os químicos pedem R$ 1.400 de piso, contra o salário normativo atual de R$ 980.
"Esse escalonamento, tanto da PLR quanto do piso, é ruim, já que 81% dos funcionários da região estão empregados em pequenas empresas", diz Santos.
Na segunda-feira a diretoria do sindicato vai analisar a proposta e no dia 9 será realizada assembleia no sindicato (Avenida Lino Jardim, 401, Vila Bastos, Santo André). "A decisão está nas mãos dos trabalhadores. Eles decidem se vão aprovar ou não", finaliza o sindicalista.
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