Engenheira de 50 anos, Silvana Guarnieri (PTB) debuta em eleições ao lado do também estreante em pleitos majoritários, o verde Lauro Michels. Sua principal missão será tentar arrumar espaço entre caciques que envolvem a candidatura de Michels. O vereador conta com apoio da deputada estadual Regina Gonçalves (PV), do ex-deputado José Augusto da Silva Ramos (PSDB) e do parlamentar estadual Orlando Morando (PSDB). Para se destacar, ela se escora na força de sua sigla. "O PTB é partido que tem história, influência regional e pode agregar muito ao governo municipal". Silvana relembra o tempo em que atuou na Prefeitura, justamente na gestão de José Augusto (entre 1989 e 1992) e critica o governo de Mário Reali (PT). "A atual administração realmente não foi boa."
DIÁRIO - É a primeira vez que a sra. participa da eleição em Diadema. Como tem visto a campanha?
SILVANA GUARNIERI - Com satisfação, pois o retorno da população com o novo e a figura feminina tem sido maravilhoso. Atendemos à demanda da população, que vem requerendo mudanças no quadro político da cidade. O fato de termos uma campanha bastante humilde fez com que tivéssemos aproximação junto às pessoas e também identificação da militância. Isso porque nós fazemos a exposição direta dos nossos programas de governo ao eleitorado.
DIÁRIO - Uma das críticas sobre a candidatura de Lauro Michels é sobre a falta de experiência administrativa dele. Como a sra. pode agregar experiência administrativa em um eventual governo?
SILVANA - O fato de ter sido diretora de Serviços Urbanos de Diadema entre os anos de 1989 e 1992 (na gestão de José Augusto da Silva Ramos) já demonstra o meu conhecimento da máquina administrativa. Naquela ocasião, na contramão do direcionamento político da época, privatizamos a coleta de resíduos sólidos domiciliares de Diadema. Implantamos a coleta de ‘cata bagulho', bastante inovadora para aquele período e cuja essência permanece até hoje. Fora isso, a experiência técnica e administrativa, que incorporei ao longo de mais de 20 anos na iniciativa privada, creio que agregam valores à melhoria da administração pública.
DIÁRIO - Como a sra. avalia a atual administração em Diadema?
SILVANA - Creio que não somente eu, mas grande parte da população avalia que a atual administração deixou muito a desejar. O descaso com que o munícipe vem sendo tratado, seja na Saúde, com relação ao atendimento; na Educação, com falta de vagas em creches e Ensino Fundamental; ou aumento de casos de furtos, certamente são indicadores de que a avaliação da atual administração realmente não foi boa.
DIÁRIO - Figuras do meio político da cidade questionam seu posto de vice do Lauro, alegando que nunca a viram em discussões políticas. O fato de ser desconhecida atrapalha na execução das tarefas de candidata e, eventualmente, vice-prefeita eleita?
SILVANA - Nossa cidade é bastante politizada e com certeza cada qual defende seu jeito de fazer política. Mas o fato de novas pessoas agregarem ao processo político demonstra a necessidade de mudança e inovação na forma de querer mais e o melhor para o processo democrático. Pessoas da cidade, com ideais de sustentabilidade socioambientais, que desejam melhor qualidade de vida, com certeza agregam em muito ao futuro de uma cidade melhor. Se eleita, naturalmente darei o melhor para contribuir para que a administração do Lauro seja a melhor que o munícipe já teve.
DIÁRIO - Como a sra. avalia futura participação no governo de Michels?
SILVANA - Estou disposta a contribuir com meu melhor, como já disse, seja tecnicamente, seja politicamente. Se participei de projeto eleitoral de oposição, com inúmeras dificuldades, e a meu ver, vencedor, creio que esta participação demonstra neste período que continuarei a participar na futura gestão.
DIÁRIO - Pretende assumir cargos estratégicos ou o comando de uma secretaria?
SILVANA - Precisamos, primeiro, chegar lá, ganharmos efetivamente a eleição. Depois iremos discutir cargos. Não acho propício especulações no momento. Cada coisa a seu tempo, mas com certeza estarei à disposição da administração para contribuir da melhor forma possível.
DIÁRIO - O PTB foi protagonista da política diademense na década de 1980. Desde então, ficou à margem de PT ou PSDB. Como tem sido feito o trabalho de tentar resgatar o partido?
SILVANA - Esta campanha pé no chão propiciou o reencontro de vários petebistas, que fizeram e fazem parte da vida política partidária. E o resgate partidário cresce à medida em que a campanha avança. Além disso, a incorporação de novas pessoas, como os jovens e as mulheres, representa um novo momento para o PTB de Diadema.
DIÁRIO - O projeto de Michels tem políticos famosos no arco de alianças, como Regina Gonçalves, Zé Augusto e até Orlando Morando. Teme ficar longe das discussões do Executivo?
SILVANA - Não, pois contribuo para o processo eleitoral e faço parte da campanha. Então acredito que ainda tenho muito a somar. O PTB é partido que tem história, influência regional e pode agregar muito ao governo municipal.
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