Santo André obteve licença para realizar obras; vida útil do
equipamento na Cidade São Jorge será ampliada em 9 anos
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) autorizou o início das obras de ampliação do aterro sanitário municipal de Santo André, localizado na Cidade São Jorge, único público da região. Após dois anos e cinco meses do início do imbróglio envolvendo o aumento da capacidade do equipamento, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) conseguiu liberação para obras no espaço.
O documento autoriza que a área de 40 mil m², localizada dentro do aterro, seja adequada para receber resíduos úmidos, tornando o local capaz de armazenar o lixo da cidade por mais nove anos.
A companhia estadual exige que o espaço citado tenha impermeabilização total do terreno, sistema de tratamento de chorume, drenagem de águas pluviais, sistema de operação (recebimento de resíduos, compactação, recobrimento dos resíduos etc.), entre outras solicitações.
A licença, emitida às vésperas do segundo turno da eleição municipal, é válida por três anos. Caso as intervenções não sejam concluídas dentro deste prazo, a autarquia municipal terá de solicitar novamente a liberação. Se forem identificadas irregularidades durante o processo de ampliação, a Cetesb pode cancelar a permissão para intervenções dentro do aterro.
O documento só permite a realização de obras para ampliação da área. Após finalização desse processo, o Semasa deverá solicitar a licença de operação. O documento só será emitido se, após vistoria, a Cetesb constatar que todas as exigências técnicas solicitadas foram atendidas.
Segundo o Semasa, os trabalhos para aumento da capacidade do aterro serão iniciados até dezembro e executados em duas etapas. A primeira estenderá a vida útil do equipamento para mais três anos e a segunda, para mais seis. A previsão da autarquia municipal é finalizar as obras até julho.
ECONOMIA
Quando a ampliação do aterro sanitário estiver pronta, o equipamento, que tem capacidade para receber 18 mil toneladas por mês, conseguirá receber 100% dos resíduos úmidos de Santo André. De acordo com o superintendente do Semasa, Omar Lopes dos Santos, atualmente o espaço recebe apenas aproximadamente 10% do lixo da cidade. Ou seja, o material armazenado no local mensalmente é equivalente ao que o município produz em cerca de três dias, totalizando por volta de 1.800 toneladas.
Por conta do uso parcial da área, a Prefeitura é obrigada a pagar pelo transporte e despejo do lixo em outras localidades, como o aterro Lara, em Mauá, que é particular. O custo de todo esse processo varia entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões mensais, segundo o superintendente do Semasa. "Depois que a ampliação for finalizada, não teremos mais esse gasto, porque iremos conseguir atender toda nossa demanda", explicou Santos.
O líder da autarquia municipal afirmou que esse valor economizado será revertido para melhorias no próprio aterro, como a criação de usina para transformar os gases do processo de decomposição em energia. No entanto, ainda não há previsão para que esse projeto saia do papel, já que será feito em PPP (Parceria Público-Privada).
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