Política Titulo Santo André
Flaquer manifesta apoio a Grana 'por ser melhor alternativa'
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/10/2012 | 07:00
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Sexto e último colocado nas urnas, com 1.899 votos (0,52% dos válidos), o ex-prefeiturável Alexandre Flaquer (PRTB) declarou ontem apoio à candidatura petista ao Paço de Santo André, encabeçada pelo deputado estadual Carlos Grana. O reformador-trabalhista avaliou que a adesão se dá pela semelhança nas propostas de governo e por Grana ser o "melhor nome" para governar a Prefeitura.

Apesar da pouca força eleitoral, a simbologia de alcançar o suporte da tradicional família Flaquer foi o ponto destacado do apoio. Além disso, outro aspecto enfatizado no encontro foi o fato de o ex-prefeiturável ter atuado na administração Aidan Ravin (PTB). Ele trabalhou dois anos no setor administrativo do CHM (Centro Hospitalar Municipal) e saiu para disputar o pleito. "Tive essa ligação com o prefeito, mas ele não se mostrou ser cara correto, honesto", disse, ao citar que Aidan também o procurou para conseguir adesão. "Conversei só por educação."

Flaquer mencionou que o não apoio a Aidan é o mais representativo nesse processo. "Vi e presenciei muita coisa errada (no governo petebista)", disparou, sem aprofundar a respeito. "Não posso queimar o nome da família nessa altura do campeonato, depois de tantos anos em Santo André", considerou o ex-candidato do PRTB, bisneto do senador José Luiz Flaquer (morto em 1924). "Por isso, o mais coerente foi vir para o lado do Grana."

O reformador-trabalhista fez questão de salientar que o apoio também está atrelado à participação no eventual governo petista - ele já havia adiantado que negociava manter atuação na área da Saúde, uma vez que, segundo o ex-prefeiturável, teve pouca oportunidade de efetivar trabalho junto com o petebista.

Esse é o segundo ex-prefeiturável a apoiar Grana. O primeiro foi Raimundo Salles (PDT), agora sempre presente às atividades petistas. Nilson Bonome (PMDB), por sua vez, iria anunciar adesão ontem ao PT. Num bate-cabeça, o evento, contudo, foi adiado para amanhã. A articulação está sendo firmada via PT de São Bernardo. Bonome, que não se pronunciou a respeito, sofre pressão das executivas estadual e federal de seu partido para apoiar Grana. Marcelo Reina (Psol) declarou que manterá a neutralidade.

Grana realçou que é honra angariar apoio da família Flaquer e dos candidatos a vereador do PRTB. "É evidente que estamos formando aliança a favor de Santo André. Só agrega. Não pregamos ódio, divisão. Apresentamos programa de governo", salientou, concluindo que escolheu o local da reunião a dedo. "Fizemos questão de ser na Rua Senador Flaquer, número 813", afirmou, referindo-se ao novo comitê suprapartidário.

Salles sublinhou que "o PT de Grana é diferente do PT de (Vanderlei) Siraque (candidato em 2008)", sugerindo que o deputado estadual faz parte do PT light, sem radicalismo. "O Grana sabe construir ponte de forma mais sólida, assim como o (ex-presidente) Lula, que é mais amplo que o PT."

 

Petista diz que pesquisa retrata momento da reta final

À frente do prefeito Aidan Ravin (PTB) na primeira pesquisa do segundo turno do Diário, o candidato da oposição Carlos Grana (PT) afirmou que os dados do levantamento retratam o momento de reta final da campanha, faltando nove dias para a eleição. Considerando os votos válidos, o petista apresenta 56,9% ante 43,1% do petebista. "Esse é o sentimento das ruas. Vejo essa manifestação da população no dia a dia de campanha."

Mesmo na liderança na sondagem, Grana sustentou que sua campanha não vai esmorecer nos últimos dias. Segundo o petista, haverá continuidade na busca por apoios. "Nos mantemos à procura dos eleitores dos votos brancos, nulos e abstenções. Além de ir atrás do eleitorado que votou no Aidan." Sobre a adesão do PMDB, de Nilson Bonome, o deputado avaliou que "há possibilidade muito concreta" de formar acordo. "Estamos fazendo as coisas com tranquilidade."

Grana citou que está indignado com o nível baixo de campanha praticado pelo PTB. "Por que ele (Aidan) não usou (desse expediente) no primeiro turno nem foi aos debates?"




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