Com o recente desligamento de Leandro Laranjeira da Secretaria de Comunicação, substituído pelo petista Ronaldo Feitosa, e o retorno de Cícero Martinha, ex-PDT e titular da Pasta de Trabalho, para o PT, o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), reduz a participação de aliados de fora do partido. As mudanças deixam o primeiro escalão do Paço 70,8% concentrado no petismo, considerando os 24 departamentos que integram a composição. São 17 correligionários atuando em postos de chefia do secretariado.

Esse percentual aumenta para 87,5% se contabilizados parceiros que não possuem coloração partidária. Atualmente, apenas quatro nomes da equipe se enquadram neste cenário, sem filiação: José Luiz Navarro, comandante de Segurança Pública, Paulo Piagentini, de Habitação, Marta Sobral, de Esportes, e Mylene Gambale, de Assuntos Jurídicos.

Completando a lista da gestão petista, somente três quadros formam o grupo de coligados. São eles: Paulinho Serra (PSD, Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos), Raimundo Salles (PDT, Cultura) e Oswana Fameli (PRP, vice-prefeita e líder da Pasta de Desenvolvimento Econômico). Os números apontam pela queda da coalizão no alto escalão da Prefeitura.

Grana minimizou a situação ao sustentar que “não há diferença de postura na composição” do time. Segundo o prefeito, o governo continua com o pensamento de abertura aos aliados, fechados no primeiro e segundo turno do processo eleitoral. “São (alterações na Comunicação e a troca de partido feita por Martinha após aproximadamente 14 anos) questões pontuais. Por isso, não há implicação”, avaliou o petista.

RETORNO
A volta de Martinha ao PT está marcada para dia 11. A celebração do retorno ainda não tem local definido. O secretário deixou o PDT depois de a legenda ter avalizado apoio ao candidato ao Palácio dos Bandeirantes do PMDB, Paulo Skaf.