Prevista para ser entregue inicialmente em outubro, a reforma da Câmara de São Bernardo, orçada em R$ 28,4 milhões, não será concluída em 2012.
Embora o presidente do Legislativo, Hiroyuki Minami (PSDB), assegure que até o fim do ano ao menos as sessões serão realizadas no novo plenário, faltam aproximadamente R$ 6,5 milhões para concluir a parte do prédio destinada aos setores administrativos e para compra de mobiliário.
Minami procurou o prefeito Luiz Marinho (PT) solicitando o montante, negado pelo petista. Marinho justificou que a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que não podem ser feitos investimentos que não estão previstos no Orçamento atual.
O valor que resta para concluir a obra será retirado do Orçamento da Câmara para 2013, de R$ 69 milhões, sendo que R$ 5 milhões são para a previdência dos funcionários da Casa.
Com isso, o novo prédio deve ficar totalmente concluído em março, já com gabinetes para receber os 28 parlamentares e um novo presidente da Câmara.
O chefe do Legislativo disse que contratou uma empresa para fazer o replanejamento da intervenção, previsto para ser entregue no fim do mês.
"Com esse relatório em mãos terei o valor exato (necessário para concluir a reforma)", alegou Minami.
Em julho deste ano, portanto no decorrer da obra iniciada em novembro de 2011, o tucano já reconhecia que a reforma poderia atrasar, principalmente pela incidência de chuvas. Mas, o fato de o planejamento não ser efetivado é a falta de recursos.
Com a reforma, a Câmara ocupará uma área de 8.000 metros quadrados, divididos em três andares, com sala de reunião, plenário para acomodar 400 pessoas e salão ecumênico. O piso também será elevado para evitar problemas com enchentes.
Desde que foi anunciada por Minami, sob a justificativa de preparar o Legislativo ao aumento de 21 para 28 cadeiras, a reforma da Câmara tem sido alvo de críticas, principalmente dos vereadores da bancada governista, que não gostaram da demolição do antigo plenário.
Após duas tentativas fracassadas dos governistas de criarem uma comissão provisória para acompanhar a revitalização - que está mais próxima de ser uma construção de outro prédio -, a Comissão de Contratos e Convênios, presidida pelo vereador Marcelo Lima (PPS), realizou algumas reuniões para discutir o assunto, mas os trabalhos não avançaram.
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