Cultura & Lazer Titulo Música
Disco cheio de tempero

Ex-integrante do Grooveria Eletroacústica, Jota Erre traz
som autoral no CD de estréia após dois anos de trabalho

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
16/10/2012 | 07:00
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A mistura de ritmos e texturas fala alto na música do compositor Jota Erre. Ex-integrante do Grooveria Eletroacústica, o músico abusa com bom gosto desses ingredientes e coloca no mercado Por Extenso (Independente, R$ 25 em média e pode ser comprado no site www.baratosafins.com.br).

Do início das gravações até a prensagem do disco foram dois anos de trabalho. Com 13 composições, o projeto é parceria com o compositor, vocalista e violonista Jessé Santo. Nas canções que o ilustram, Por Extenso resgata as raízes pernambucanas do músico e as entrelaçam com a influência da metrópole paulistana.
Entre os artistas que também temperam sua música estão Thom Yorke, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e a cantora Björk.

Já as letras falam de amor, da relação do homem com o meio ambiente, de música e da vida. "Misturo tudo. As ideias surgem de compassos quebrados, do Jessé Santo - que assina a produção e algumas composições ao lado de Jota Erre -, de algum episódio de livro, novela. Qualquer coisa pode se tornar fonte de inspiração", diz o músico. Não é por acaso que ele acha que seu álbum representa a música do Brasil.

Artista que divide a paixão de compor com o carinho de subir ao palco, Jota Erre conta que o disco foi gravado de forma orgânica - da mesma forma que faz nos shows. Além de voz e percussão, as composições contam com instrumentos como teclado violão, ukulele, guitarra, contrabaixo, bateria, trombone e rabeca.
A responsabilidade de ser um artista e lançar uma obra para o mundo foi aprendizado adquirido com o lançamento do CD. Com a música ele espera ganhar mais amigos. Já do mercado musical, Jota Erre acredita ser preciso ter mais festivais de música pelo Brasil, além de intercâmbios para os músicos ao redor do mundo.    

Outros lançamentos  

Fundador e contrabaixista do grupo britânico Iron Maiden, o compositor Steve Harris lança seu primeiro álbum solo. British Lion (EMI Music, R$ 30 em média) chega às prateleiras recheado por dez faixas autorais. Harris é acompanhado por Richard Taylor (voz), David Hawkins e Grahame Leslie (guitarras) e Simon Dawson (bateria). Mesmo sem parecer em nada com o Iron Maiden, o projeto solo do contrabaixista apresenta composições interessantes como Karma Killer e The Choosen Ones.  

Dois anos após começar o trabalho de produção de seu segundo disco, a banda Hot Chelle Rae lança Whatever (EMI Music, R$ 25,90 em média). Na estrada desde 2005, o grupo norte-americano, que conta com Ryan Keith Follese (voz e guitarra), Ian Sebastian Keaggy (contrabaixo) e Jamie Christian Follese (bateria), passeia por rock grudento feito para adolescentes. O disco traz ao ouvinte 11 faixas, duas delas já viraram singles: Tonight Tonight e I Like It Like That.  

Após a aposta em releituras elegantes para faixas dos Beatles e Michael Jackson em Essentials, seu disco de estreia, Karen Souza tira do bolso Hotel Souza (Music Brokers, R$ 33,90 em média). No novo trabalho, a cantora mergulha em repertório quase todo autoral. Os arranjos tratam de sonoridade clássica e moderna. Trabalho de dois anos, Hotel Souza foi gravado em Los Angeles e tem produção assinada por Joel McNeely (Tony Bennet, Al Green e Jaco Pastorius). O disco traz também releitura para Dindi, de Tom Jobim.




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