Política Titulo No Taboão
Militantes de PT e PV quase entram em conflito
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
15/10/2012 | 07:23
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Militantes de PT e PV quase entraram em conflito ontem pela manhã no bairro Taboão, em Diadema. As atividades de campanha de Mário Reali (PT) e Lauro Michels (PV) foram marcadas para o mesmo local: a feira livre do bairro, na divisa com São Bernardo.

A coordenação petista chegou primeiro ao local, na Rua Polônia. Ao lado do deputado federal José de Filippi Júnior (PT) e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), Reali seguiu para a feira após discurso.

Assim que chegou ao local, um carro de som do vereador eleito pelo PV Lúcio Araújo parou em frente à militância petista. Lúcio iniciou série de críticas, associando o PT ao suposto caso do Mensalão - em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) - e destacando que Reali decidiu fechar o pronto atendimento infantil da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Canhema, conhecido como hospital infantil.

Petistas bateram boca com Lúcio e com alguns verdes, pedindo para que o grupo do PV seguisse para outro canto da cidade. A discussão foi bastante tensa, com troca de ofensas e ameaças de ambos os lados. Os verdes continuaram no local.

O clima acalmou quando a comitiva do PT optou por sair da feira e rumar ao centro comercial da Avenida do Taboão. Filippi chegou a orientar a militância a não continuar ao lado do carro de som do PV. "Não podemos cair na provocação do rival, porque é isso que eles querem", disse o deputado a um dos coordenadores da campanha de Reali.

O prefeito de Diadema, a cada pedido de votos, reclamava da postura do adversário. "Estão desesperados. Para quê fazer uma coisa dessas? É completamente desnecessário", afirmava, revoltado.

 

HOSPITAL INFANTIL

Durante toda a atividade, Reali foi bombardeado por questões sobre a reabertura do hospital infantil do Jardim Canhema.

O petista disse que não reativaria o espaço porque optou por concentrar médicos pediatras e leitos destinados a crianças no Quarteirão da Saúde, do Hospital Municipal no bairro Piraporinha e na futura UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Paineiras. "Em vez de 40 leitos, oferecemos 70, muito mais estruturados."

Michels, que apareceu no local uma hora após o adversário, aproveitou o clima de insatisfação com o fechamento da unidade. "Reabrirei o hospital infantil no primeiro ano de governo. Não se pode fechar hospital para criança. É uma irresponsabilidade", disse.




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