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Bicicletas são alvo de vândalos em S.Caetano
Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
09/10/2012 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Menos de 15 dias após ser implantado, no fim de setembro, o projeto Sancabike teve as bicicletas disponíveis para locação depredadas por vândalos, que aproveitam a falta de vigilância para danificar o equipamento ou furtar acessórios, como freios, correntes e bancos.

Na madrugada de sexta-feira, as dez bicicletas estacionadas no ponto do Parque das Crianças, no bairro Santa Maria, sofreram danos. Antes, 12 equipamentos, dos 50 disponíveis para empréstimo, foram retirados das ruas por depredação ou furto nos outros pontos de empréstimos, na Praça dos Imigrantes, Terminal Rodoviário Nicolau Delic e Praça Primeiro de Maio.

"A gente percebe que muita gente cresceu o olho. Param, ficam olhando, colocam a mão. Mas a gente não pode falar nada", disse uma ajudante geral de 40 anos que trabalha em um dos pontos. "Não fica ninguém vigiando de noite."

"Sabíamos que poderia acontecer alguma coisa, mas não dessa forma", disse a diretora de Transportes do município, Cristina Baddini. Segundo ela, a Prefeitura vai instalar câmeras nos pontos e pedir à GCM (Guarda Civil Municipal) para ampliar as rondas nos locais.

Guardar as bicicletas em pátios nos horários de pouco movimento ou outras soluções mais drásticas não foram cogitadas. "Esperamos que as pessoas se acostumem e, com o aumento do uso, essas ações de vândalos diminuam", disse Baddini.

Ainda nesta semana, sem data definida, o poder municipal irá inaugurar mais duas unidades do Sancabike. Pelo menos nessas espera não enfrentar problemas de vandalismo. Isso porque os pontos ficarão em ambientes fechados e vigiados, no Parque Chico Mendes e ParkShoping São Caetano, ambos no bairro Cerâmica, e respeitarão o horário de funcionamento desses locais.

Inédito na região, o projeto espera chegar a 300 bicicletas em seis meses e até 100 estações em um ano. Uma delas está em negociação com a Prefeitura de Santo André para a cessão de terreno perto da Estação Utinga da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na divisa entre as cidades.

População ainda não sabe como utilizar o serviço

Além da falta de vigilância durante a noite, a ausência de orientação nos locais de empréstimo das bicicletas é outro problema enfrentado pelos usuários do Sancabike. É preciso se cadastrar e esperar o cartão ficar pronto para utilizar o serviço. "Não sabia como funcionava. Senão nem perderia meu tempo vindo aqui", disse o publicitário Ricardo Musso, 37 anos, que acompanhava as filhas na Praça dos Imigrantes.

A Prefeitura espera que hábito se crie com o tempo. Os primeiros 400 cartões para destravar o equipamento daqueles que fizeram o cadastro e pagamento serão enviados nesta semana.

Para participar é necessário se cadastrar no site da empresa operadora Brasil e Movimento (www.brasilemovimento.com.br). O usuário receberá em casa cartão do programa e, em seguida, deve ativar o cadastro e pagar R$ 10 de calção via cartão de crédito, débito ou boleto bancário. Também é necessário desembolsar R$ 5 do seguro obrigatório.

Cada usuário poderá pegar a bicicleta no máximo seis vezes ao dia, em períodos de até 45 minutos por vez. A devolução pode ser feita em qualquer um dos pontos de empréstimo, 24 horas por dia. Menores entre 16 e 18 anos precisam de autorização dos pais para utilizar o serviço.




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