Política Titulo Eleições 2012
Justiça para lacração
de urnas em Diadema

Lauro Michels (PV) aponta suspeita de participação de
pessoas que não são autorizadas pelo TER no processo

Marília Montich
Do Diário do Grande ABC
02/10/2012 | 07:08
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A Justiça Eleitoral de Diadema determinou ontem a paralisação da lacração das urnas por suspeita de participação irregular de funcionários da Prefeitura no processo. Os equipamentos eletrônicos que já estavam prontos para a votação de domingo terão de ser reabertos para novo processo de geração de mídias.

A iniciativa ocorre depois de representação do prefeiturável Lauro Michels (PV). Segundo ele, pessoas não autorizadas pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) teriam tido acesso às urnas. Dessa forma, eventuais manipulações poderiam favorecer o atual prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, no dia 7.

De acordo com o advogado do verde, Fernando Moreira Machado, o edital de convocação para geração de mídias de urnas eletrônicas na 222ª Zona Eleitoral cita os nomes de Ricardo Kenji Hirata, Daniel Silva dos Santos, Renato de Paula Ribeiro e Rodrigo Bispo de Souza. O defensor da coligação ‘Diadema Pode Mais', encabeçada pelo PV alega que, ao fiscalizar os trabalhos executados, observou irregularidades em sua execução.

"Ao chegar ao cartório, (percebi que) as pessoas relacionadas no edital não eram as que estavam gerando mídias. Eram dois funcionários que não constavam no documento", explicou Machado. Os nomes dos suspeitos de manipulação não foram divulgados.

Ao tomar conhecimento da denúncia, o juiz André Mattos Soares constatou a irregularidade e determinou a realização de novo procedimento de geração de mídias e lacração de urnas. O ato está marcado para hoje, às 13h30, na 222ª Zona Eleitoral da cidade, no Jardim Recanto. Os partidos e coligações de Diadema foram intimados a comparecer.

Procurada, a Prefeitura de Diadema informou que não foi notificada sobre a questão, uma vez que o questionamento é direcionado à própria Justiça Eleitoral e não ao Poder Público municipal.

Com relação aos funcionários envolvidos no processo, a nota diz que disponibilizou somente pessoas solicitadas pela Justiça Eleitoral por meio de ofícios.

A assessoria da campanha de Reali também foi questionada e, como resposta, afirmou que não tem qualquer relação com o ocorrido.




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