Socialista acusa presidente da Casa de representar figura de Sarney
Na Câmara, o postulante à Prefeitura de Santo André pelo Psol, Marcelo Reina, utilizou ontem a tribuna livre como presidente da legenda socialista e exigiu a abertura de outra CPI do Semasa, visando investigar suposta prática de corrupção na autarquia. O prefeiturável condenou o encerramento da primeira apuração, avaliando que houve "CPI pela metade".
Há dois requerimentos para instauração, porém, por manobra da base os casos pararam na Justiça. Reina considerou que o episódio não teve desfecho por falta de convocação de alguns envolvidos diretamente no caso, principalmente o prefeito Aidan Ravin (PTB). Por conta da contradição entre depoimentos, segundo o socialista, o mecanismo comum seria a acareação, o que não ocorreu nos 75 dias de formação.
Reina mencionou que existe "objeto de sobra" para outra CPI. "O então superintendente do Semasa Ângelo Pavin admitiu que o advogado (Calixto Antônio Júnior), citado como arrecadador, atuava por ordens do prefeito. Isso não é motivo?"
O socialista teve o direito privado de usar a tribuna há um mês. O presidente do Legislativo, José de Araújo (PMDB), impediu a ação, atitude avaliada por Reina como ditatorial. "Ele representa a figura do senador José Sarney (PMDB-AP). Manipulou a Lei Eleitoral para inviabilizar a minha fala."
SOS BRUNO DANIEL
O historiador Thiago Rocha também utilizou a tribuna para cobrar independência da Câmara no caso do abandono do Estádio Bruno Daniel, ao qual ele chamou de estelionato administrativo. Com o plenário lotado de torcedores do Ramalhão, o representante do movimento afirmou que falta vontade política em resolver o problema do estádio.
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