Ponte que liga o bairro Jordanópolis, em São Bernardo, com a Vila São José, em Diadema, apresenta más condições de conservação e risco de desabamento. A passagem, na Rua Adolfo Monteiro, é estreita, o que faz aumentar o risco de atropelamentos.

O problema principal fica no lado que pertence a São Bernardo. Quatro sinalizadores de concreto foram colocados em frente à calçada que desabou. Um deles também está quase caindo no córrego Ribeirão dos Couros. O chão apresenta rachaduras.

"Além da Via Anchieta, esse é o único acesso de quem vem do Jordanópolis para Diadema e vice-versa. E está nesse estado crítico", critica o soldador Hélio Augusto Ferreira, 42 anos. Na Vila São José há diversas fábricas e, na troca de turno, o movimento pela ponte é grande, tanto de carros como de pedestres.

A motorista Lucilene Oliveira, 44, trabalha com transporte escolar de crianças e cruza a passagem cinco vezes ao dia. "Minha roda passa onde o asfalto está cedendo. E vejo que aquilo está cada vez pior e perigoso."

Ela já acumula três protocolos junto à Prefeitura de São Bernardo. O primeiro foi registrado em maio, quando parte da ponte foi interditada por Diadema, devido à má conservação. "Só que Diadema fez a parte dela, mas, em São Bernardo, continuou assim."

Lucilene revela que foi informada pela Secretaria de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo que uma equipe fez vistoria no local e identificou a necessidade de reparo, mas que não há previsão para realização do serviço. "É revoltante correr atrás da administração e ser tratada com descaso", reclama.

A Prefeitura confirma a inspeção. No entanto, afirma que o espaço não oferece nenhum tipo de risco. A intenção da administração é aterrar a ponte assim que a obra da Marginal dos Couros for concluída, daqui a dois anos. Será feita canalização do córrego com estrutura de concreto e construção de duas pistas entre a Avenida São Paulo o Corredor ABD, na Paulicéia.