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Ucrânia entre duas potências
Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
29/06/2014 | 07:00
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Enquanto o mundo se concentra no futebol, a política continua a rolar. É importante ficar ligado para não dar bobeira no Enem e no vestibular. Atualmente, o foco das notícias internacionais tem sido a Ucrânia, que está no meio da disputa de poder entre líderes norte-americanos e russos. A briga entre as duas potências mundiais tem origem antiga; vem desde quando União Soviética e Estados Unidos viviam a Guerra Fria.

Com a dissolução da União Soviética (liderada pela Rússia), em 1991, o conflito acabou. Na época, a Ucrânia – que integrava o bloco soviético – ganhou independência, mas bases militares russas permaneceram em parte de seu território, na Crimeia, por causa de negociações internacionais que ocorriam lá.

Desde aquele tempo, a Rússia exerce influência mundial por ser o maior distribuidor de gás da Europa. “É modo de pressionar os outros países para que aceitem medidas tomadas por Vladimir Putin (presidente russo)”, diz Marcus Vinícius de Freitas, professor do curso de Relações Internacionais da Faap.

A confusão atual começou em 2013, quando o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych tentou fazer acordo comercial com a UE (União Europeia). Para evitar que o país se unisse a um possível inimigo, Vladimir Putin fez uma oferta melhor, e Yanukovych aceitou. Mas a população que apoiava a aproximação com a UE se revoltou e fez protestos, chamados Euromaidan, em novembro. A violência aumentou e houve muitas mortes. Em 22 de fevereiro, o presidente foi destituído e realizaram nova eleição, colocando Petro Poroshenko no poder.

No entanto, grande parte dos moradores da Crimeia (que ficava na Ucrânia) apoiava os russos. Assim, começou a crise no território. Para demonstrar a influência, Putin colocou tropas militares na Ucrânia. Em 18 de março, houve plebiscito, que tornou a Crimeia pertencente à Federação Russa.

Foi então que os Estados Unidos entraram na história, pois se incomodaram com o poder exercido por Putin. Por isso, pediram que as tropas russas fossem retiradas da Ucrânia. Depois de muita discussão, a Câmara Alta do Parlamento russo aceitou, na quarta-feira, suspender a intervenção militar no país. Na sexta, o presidente da Ucrânia assinou acordo com a UE. No entanto, o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Grigori Karasin, disse que essa atitude terá graves consequências. Agora, é esperar os próximos capítulos. 




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