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Anderson Benevides chora em seu retorno

Vereador de Ribeirão, que recuperou cadeira por liminar no TRE, afirma que Justiça foi feita e nega ser inimigo de sua suplente na Câmara

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
29/05/2014 | 07:23
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O vereador de Ribeirão Pires Anderson Benevides (PSC) chorou ao discursar na tribuna durante sessão de ontem, que marcou seu retorno aos trabalhos na Casa após 48 dias de afastamento da cadeira. Em abril, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) acusou o social-cristão de infidelidade partidária e cassou o mandato do parlamentar.

Sobrinho do prefeito Saulo Benevides (PMDB), Anderson trocou o PMN pelo PSC em outubro para se candidatar a deputado federal neste ano. No dia 20, porém, o presidente do TRE-SP, Antônio Carlos Mathias Coltro, divergiu do colegiado e concedeu liminar para que o parlamentar pudesse recorrer da condenação sem precisar deixar o mandato. Na ótica do magistrado, Anderson teria prejuízos moral e material caso conseguisse reverter a condenação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e estivesse afastado da vereança.

“Após um mês longe da Câmara regresso com aval do poder Judiciário, que, assim como muitos, acreditam na minha inocência, ao contrário de outros que fizeram acusações contra mim”, disse o parlamentar. Ao agradecer os colegas da Casa e à família pelo apoio enquanto ficou fora dos trabalhos legislativos, o social-cristão se emocionou. Ele também chorou durante sua fala de despedida, em abril.

Anderson negou ser adversário da primeira suplente do PMN, Berê do Posto. A peemenista ocupou a vaga do social-cristão até a semana passada. “Insistem em nos colocar como adversários, mas não somos. Ela é companheira. Uma vez vereadora sempre vereadora”, adicionou.

A direção estadual do PMN já acionou a Justiça Eleitoral para tentar derrubar a liminar e devolver o mandato para Berê. Como Anderson recorreu ao TSE, decisão sobre o caso será aplicada em Brasília e não há prazo para julgamento do recurso.

O retorno de Anderson era esperado pelo grupo político de Saulo. Aliados do prefeito acreditam que se o sobrinho do chefe do Paço for eleito deputado federal o governo peemedebista ganha força para buscar a reeleição em 2016.

SILÊNCIO
Ao contrário da semana passada, a sessão de ontem foi tranquila. Os parlamentares esperavam pela fala de Silvino Dias de Castro (PRB), que causou polêmica na última sessão ao culpar a cidade de Mauá pela violência em Ribeirão. O republicano, no entanto, sequer comentou o assunto na tribuna, mesmo tendo confidenciado a vereadores a necessidade de ir à Câmara de Mauá pedir desculpas pelas declarações.

No dia 21, durante a votação de projeto que permitia a instalação de caixas eletrônicos no bairro Ouro Fino, na divisa com o município chefiado por Donisete Braga (PT), Silvino criticou a falta de Segurança em Ribeirão e afirmou que mauaenses eram responsáveis pelos registros de roubos no município. Autora da proposta, Cléo Meira (PTN) classificou as falas do republicano como preconceituosas.




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