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Jogadores fazem greve e prometem paralisação

Dirigentes entram em acordo com sindicato e afirmam que pagam salários do S.Caetano até o fim de maio

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
30/04/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A crise voltou a assombrar o São Caetano. Mesmo após a vitória na estreia da Série C do Campeonato Brasileiro domingo, sobre o Guarani, o time torna a enfrentar problemas. Desta vez, fora dos campos. Inconformados com o fato de estarem entre dois e três meses de salários atrasados, os jogadores do Azulão decidiram realizar greve ontem pela manhã e não foram a campo para o treino marcado no Estádio Anacleto Campanella.

A atitude, porém, não pegou à todos de surpresa. O Sapesp (Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo), que já havia sido notificado do problema, foi convocado e se reuniu com os atletas para conversa que durou cerca de uma hora. Depois, foi a vez de surgirem o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, e o diretor de futebol, Genivaldo Leal, que tiveram outra reunião, a sós, com os representantes do sindicato, o advogado Washington Rodrigues Oliveira, e o diretor de relacionamento, Mauro Costa.

Após mais uma hora de diálogo, o Azulão se comprometeu a pagar parte dos salários atrasados até sexta. Os outros vencimentos serão acertados no fim de maio. Com o acordo selado, os jogadores participaram normalmente da atividade da tarde, que durou menos de meia hora, mas não quiseram falar com a imprensa – o presidente Nairo Ferreira de Souza não atendeu às ligações do Diário. Sobrou, então, para o técnico Vilson Tadei dar as explicações.

“O mais importante neste caso é que tudo já foi solucionado. A diretoria teve conversa com o sindicato e depois o presidente falou com os jogadores, trazendo aquela palavra de tranquilidade. Está tudo resolvido, sem problemas, os atletas estão sorrindo e já focados no próximo jogo”, disse.

O diretor de relacionamento do Sapesp, Mauro Costa, que esteve reunido com os dirigentes do São Caetano, deu mais detalhes sobre o encontro. “Fizemos breve reunião e os atletas disseram que caso não viesse o pagamento, entrariam em greve. Logo após este episódio, chegaram o Nairo e o Genivaldo, que prometeram fazer parte do pagamento entre amanhã (hoje) e segunda, e a outra parte até o fim de maio. Os jogadores aceitaram e vão jogar normalmente no sábado”, disse, projetando o confronto com o Macaé, no Rio de Janeiro.

Costa também comentou o que pode acontecer caso o clube não cumpra o acordo. “Se até segunda o São Caetano não arcar com a parte que prometeu dos salários, a situação do clube pode ficar bastante complicada. Caso aconteça, uma nova reunião está marcada para o mesmo dia. E aí pode ocorrer a paralisação, que seria definitiva. Mas, por ora, tudo está sob controle. Os dirigentes deram a palavra, temos que dar voto de confiança. Até porque nunca havia tido um problema deste tipo aqui no São Caetano.”

Diferentemente do que prevê o regulamento da FPF (Federação Paulista de Futebol), a CBF não pune os clubes que atrasarem o pagamento dos salários dos atletas.

CABEÇA NO LUGAR
Tanto o aspecto psicológico quanto o tático não foram afetados, de acordo com Tadei. O comandante do Azulão destacou que o fato ocorrido ontem já foi superado e o time segue em preparação constante para a sequência da Série C. “Perdemos apenas um período de treinamento. Isso não vai alterar em nada a nossa preparação. O mais importante foi termos solucionado essa questão”, analisou.  




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