Política Titulo Aumento
Servidores de Mauá têm oferta de 7% de reajuste

Índice foi proposto pelo Executivo e a Câmara; diálogo esbarra em subsídio de vale-alimentação

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
17/04/2014 | 07:20
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Prefeitura e Câmara de Mauá ofereceram reajuste salarial de 7% ao funcionalismo público. A categoria ainda irá analisar as propostas em assembleia a ser definida pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) da cidade. A porcentagem de aumento é referente ao arredondamento do ICV (Índice do Custo de Vida), estimado em 6,76%. O dado é calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) com base nos últimos 12 meses.

Apesar de a oferta soar positiva diante das apresentadas pelos demais Executivos do Grande ABC – 6,7% em Diadema, 5,92% em São Bernardo e 6,15% em Santo André –, a negociação entre o Paço e o Sindserv ainda esbarra no pagamento do vale-alimentação. O sindicato briga para aumentar os R$ 7 pagos ao dia para R$ 15, enquanto a administração ofereceu acréscimo de apenas R$ 3.

De acordo com o diretor social da entidade, Marcelo Orfão, a ampliação do vale-refeição foi sugestão para aumentar o poder de compro do funcionalismo. “Sabemos que acrescer o salário é mais caro para a Prefeitura por conta de série de impostos, por isso apresentamos a alternativa (de majoração no vale-alimentação). É nossa principal disputa com a Prefeitura”, explicou o sindicalista.

A entidade ainda discute com a Prefeitura proposta para ampliação da fatia de servidores que recebem o benefício. O vale-alimentação é pago somente para trabalhadores que têm vencimentos de até duas vezes o piso salarial (de R$ 1.090). O sindicato quer expandir o item a quem recebe quatro vezes o piso.

Em princípio, a reivindicação do Sindserv era para que a categoria tivesse 10% de aumento real, além da reposição da inflação. A possibilidade, no entanto, já estava descartada pelo Executivo e Legislativo, que alegavam que os respectivos Orçamentos não teriam capacidade de absorver o impacto financeiro.

Presidente da Câmara, Paulo Suares (PT) explicou que a reposição da inflação aos salários dos servidores é decisão política que só foi alcançada devido às medidas de economia. “Eu recebi a Câmara em 2013 com Orçamento menor e aumento de vereadores. Mesmo assim conseguimos repor a inflação”, argumentou. O petista disse que o reajuste vai elevar os gastos com pessoal para R$ 15,3 milhões, o que representa 63,55% do Orçamento para este ano de R$ 25,9 milhões.




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