Envolvido em declarações polêmicas e ataques recentes a dirigentes da Fifa e da CBF, Romário enalteceu o trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari na seleção durante entrevista especial à GNT, que será transmitida na noite desta quarta-feira. Acomodado no jardim de seu condomínio, na Barra da Tijuca, no Rio, ele recebeu a apresentadora Sarah Oliveira, do programa Viva Voz Futebol, para três blocos de uma conversa descontraída, acompanhada pela reportagem da Agência Estado.
Para ele, Felipão montou uma equipe competitiva e capaz de lutar pelo título na Copa do Mundo. "O time cresceu muito. E ele é o melhor técnico que a gente tem", declarou Romário. Ainda segundo o ex-jogador e hoje deputado federal, a seleção brasileira tem tudo para se impor sobre os adversários. "Existe respeito dos demais e até medo com relação ao Brasil."
Romário também abordou a conquista do Mundial de 1994, nos Estados Unidos, e riu dele mesmo por ter, durante a competição, declarado que era sua a responsabilidade por conduzir o time ao título. "Sou um cara de pau. De assumir toda aquela responsabilidade na Copa de 1994, mas deu certo", comentou, num dos momentos mais leves da entrevista.
Ele surpreendeu a apresentadora ao manifestar sua simpatia pelo Corinthians, clube do qual se disse torcedor "fora do Rio". "Aqui, eu sou América. Fora da minha cidade, torço pelo Corinthians", contou. Essa relação se consolidou durante e após um jogo entre Flamengo e o time paulista, pelo Campeonato Brasileiro de 1999, no qual Romário deixou sua marca no Pacaembu com um belo gol, após aplicar um drible desconcertante, conhecido como elástico, no então volante Amaral. "Naquele dia, a torcida do Corinthians me aplaudiu, aquilo nos aproximou muito", lembrou. E enfatizou que o lance marcou muito "para os paulistas e para o Corinthians também".
No final da entrevista, Romário preferiu mais uma vez desferir críticas a dirigentes de entidades de futebol e aos governos federal e do Estado do Rio. Afirmou que "entre 100 a 300 pessoas vão enriquecer ilicitamente com a Copa do Mundo" e disse que a Fifa é dirigida "por um montão de safados", com passado negativo na vida pessoal e profissional.
Ao responder a uma pergunta do apresentador de TV João Gordo, enfatizou que vai torcer para o Brasil ser campeão. Fez, no entanto, uma observação sobre eventual uso político da conquista do título. "O futebol faz com que os brasileiros esqueçam da real situação do País. Há muita roubalheira, safadeza, sacanagem com dinheiro do povo, é impressionante", afirmou Romário.
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