Moradores da Rua Martins, atrás do Cemitério da Pauliceia, em São Bernardo, sofrem com constantes enchentes há pelo menos 40 anos. Segundo os vizinhos, a água vem do cemitério, que não tem sistema de escoamento suficiente para suportar o volume do período de chuvas mais intensas.

A dona de casa Andreina Borges Morais, 44 anos, abriu processo em 2010 contra a Prefeitura, pedindo melhor captação no cemitério. “O bueiro da rua não suporta toda a água da chuva e também a que vem do cemitério. A captação precisa ser feita lá dentro.”

A via é um declive, e próximo ao muro do cemitério só há um bueiro. “Uma vez choveu tanto, a água empoçou dentro do cemitério e o muro caiu. Ai eles (Prefeitura) reconstruíram com esses buracos, que escoam a água direto na rua”, lembra a aposentada Cleonice Martins Lima, 63.

Além de atrapalhar a mobilidade das pessoas, os alagamentos colocam em risco a saúde dos moradores. Segundo eles, depois das chuvas é comum encontrar baratas e até ratos mortos, além de folhas e pedaços de velas que vêm do cemitério.

Os moradores confessam que a situação já foi pior, pois houve época em que a água invadia as casas. “Reclamo pelo direto de sair na rua, de não sentir medo de ser levada pela água ou pegar uma doença”, disse Andréia.

A Prefeitura informou que existe captação dentro do cemitério, porém, dependendo do volume de chuva, ocorre vazão do sistema de drenagem para a Rua Martins. Estão sendo estudadas soluções para drenagem interna do cemitério e também da rua. No momento, medidas paliativas estão sendo tomadas para aumentar o escoamento de água pela galeria da via.