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Campos Machado quer destravar lei antiblack blocs

Petebista reclama da falta de adesão da bancada petista para inibir uso de máscaras em protestos

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
21/02/2014 | 07:00
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Arquivo/DGABC


Responsável pelo projeto de lei que proíbe o uso de máscaras em manifestações em São Paulo, o deputado estadual Campos Machado (PTB) quer agilizar a votação da propositura, mas reclama da postura do PT no Parlamento que, segundo ele, trava a tramitação. “Apresentei pedido de urgência para votar o projeto e tive apoio de todos os líderes de bancada, menos do PT (parlamentar Luís Claudio Marcolino). Cobrei uma posição na tribuna, mas não tive resposta”, disse o petebista. 

O deputado alega que abriu mão da autoria da proposta, apresentada ano passado, para que fosse uma medida coletiva das siglas com representação na Assembleia e, mesmo assim, não conseguiu adesão do PT.

A proposta de Campos visa inibir a atuação de vândalos que se infiltram em protestos para destruir patrimônios público e privado com os rostos cobertos. O movimento ganhou notoriedade em junho do ano passado, durante as manifestações pelo País.

O grupo mais emblemático desse movimento é o Black Bloc, formado por jovens que usam roupas pretas e escondem a identidade, realizando atos de violência e protagonizando quebradeira geral ao fim dos protestos. As ações são definidas pelas redes sociais.

“Essa lei (que inibe os vândalos mascarados) é um anseio da população, desejo de dez entre dez pessoas”, justificou Campos Machado.

O parlamentar cita o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade, morto ao ser atingido na cabeça por um explosivo quando gravava um protesto no Rio de Janeiro. A morte do profissional foi a primeira registrada no País desde que a onda de mobilizações teve início.

“Não podemos deixar que a ação de outras vítimas seja perdida pela ação de vândalos. Por isso que é fundamental a lei ser aprovada”, frisou o petebista.

A morte de Santiago Andrade levantou o debate sobre as medidas legais que devem ser tomadas em casos de excesso nas mobilizações populares que, em alguns casos, terminam em confusão.

Campos Machado ressalta que a Copa do Mundo no Brasil, entre junho e julho, tende a motivar nova onda de manifestações, assim como ocorreu na Copa das Confederações no ano passado. “Mais um motivo para inibirmos a atuação de baderneiros.”

Citando o artigo 5° da Constituição Federal, o deputado ressalta que “qualquer pessoa tem direito à manifestação do pensamento, desde que de maneira pacífica e sem uso de armas em locais públicos.”
 




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